As três pessoas que morreram esta sexta-feira na sequência de um incêndio numa habitação em Sabrosa são um casal de 74 anos e de 80 anos e a filha de 56, disse à agência Lusa fonte dos bombeiros.

O comandante dos bombeiros de Sabrosa, José Barros, afirmou ainda que dois jovens, de 16 e 20 anos, conseguiram sair ilesos da habitação, localizada no centro da vila de Sabrosa, no distrito de Vila Real.

O responsável explicou que quando os operacionais chegaram ao local a casa, que descreveu como sendo velha e com muito combustível disponível, já estava completamente tomada pelas chamas.

“Foi muito difícil entrar, estava uma temperatura enorme, muito fumo e tivemos que proceder a manobras de ventilação para criar condições para conseguirmos entrar, mas de nada adiantou”, referiu.

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José Barros disse que se suspeita que as três vítimas terão morrido devido à inalação de fumos e que foram encontradas num mesmo quarto.

O alerta para o fogo foi dado às 05h03 e para o local foram mobilizados 15 bombeiros com sete viaturas, a GNR com quatro militares e duas viaturas, o INEM com uma viaturas e dois homens.

No local esteve também a Proteção Civil Municipal de Sabrosa que está a dar apoio psicológico aos jovens que conseguiram sair a habitação, e que são filhos da vítima de 56 anos, e ainda a outros familiares que, entretanto, se deslocaram ao local.

Proteção Civil de Sabrosa prepara realojamento de jovens após incêndio numa casa

A Proteção Civil Municipal de Sabrosa está a preparar o realojamento dos dois jovens que perderam a mãe e os avós no incêndio. O vereador da Proteção Civil de Sabrosa, António Araújo, disse à agência Lusa que os serviços municipais fizeram o acompanhamento da situação desde o início. O responsável contou que os dois jovens relataram que saíram da casa por uma janela.

“Acionámos logo os serviços de ação social, que compareceram no local para dar apoio psicológico a esses jovens e outros familiares, que entretanto chegaram”, referiu António Araújo.

Segundo o responsável foram mobilizados psicólogos da autarquia, também do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e ainda elementos da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).

“Estamos neste momento a preparar o realojamento do menor e do irmão e a fazer o acompanhamento de todos os familiares diretos. Esta família está toda destroçada”, frisou o responsável.

A Proteção Civil, de acordo com o vereador, está a avaliar soluções para o realojamento dos jovens.

As causas do incêndio vão ser investigadas pela Polícia Judiciária (PJ) de Vila Real, que foi chamada ao local.

“As autoridades estão a investigar. De acordo com as informações que fomos recolhendo no local, suspeita-se que a origem do incêndio se deverá a um sistema de aquecimento, não se sabe bem qual”, referiu António Araújo.

Com a chegada do tempo frio e da necessidade de aquecimento das casas, o vereador apelou às pessoas para um “cuidado extremo”, principalmente em casas mais antigas e onde haja mais material combustível e no uso de sistema de aquecimento que possam produzir dióxido de carbono e gases tóxicos e que possam provocar incêndios.

“Fazemos um apelo às pessoas para terem um cuidado extremo. O frio chegou em força, as pessoas precisam de se aquecer, mas é preciso ter um cuidado extremo e fazemos um apelo às pessoas para que esse cuidado seja constante”, frisou António Araújo.