Um estudo realizado pelo matemático espanhol Santiago García Cremades permitiu resolver um dos grandes mistérios do Campeonato do Mundo do Qatar: por quanto é válido o segundo golo da vitória do Japão frente à Espanha, que apurou os nipónicos para os oitavos de final da competição e mandou a Alemanha mais cedo para casa.

Tudo aconteceu aos 51 minutos do jogo. Mitoma cruzou e Tanaka marcou – e a ideia que vigorou no momento era que a bola tinha ultrapassado as quatro linhas. Aliás, o próprio golo foi inicialmente anulado pelo árbitro sul-africano Victor Gomes. No entanto, após intervenção do VAR, a decisão foi revertida e o lance validado.

Decisão correta do árbitro? O polémico golo do Japão que tirou a Alemanha do Mundial

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Segundo o matemático espanhol, o golo é bem assinalado visto que a bola está dentro do terreno de jogo por 6,79 milímetros ou, como recorda o El Mundo, o tamanho médio de um grão de arroz. Santiago García Cremades, explica o jornal espanhol, recorreu às imagens do jogo, às medidas da bola e à espessura da linha de fundo.  A largura da linha é de 120 milímetros e os resultados do matemático indicam que 3% da superfície da bola tocam na mesma no momento do centro.

A polémica relativamente ao golo nipónico levou mesmo a FIFA a partilhar um vídeo com explicações sobre o lance. “O segundo golo do Japão, na vitória de 2-1 contra a Espanha, foi analisado pelo VAR para determinar se a bola saiu de jogo. Os árbitros oficiais usaram as imagens da câmara da linha de golo para confirmar se a bola estava ainda parcialmente na linha ou não”, é possível ler-se num tweet que é acompanhado pelo vídeo a várias velocidades deste momento do jogo “Outras câmaras podem dar imagens que induzem em erro mas, de acordo com as provas disponíveis, a totalidade da bola não estava fora do campo”, justifica a FIFA na sua conta oficial do Twitter.

FIFA partilha novo vídeo sobre polémico golo do Japão contra Espanha. “Totalidade da bola não estava fora de campo”

Além do VAR, a FIFA tem estado a analisar e a justificar várias decisões com os sensores incluídos na bola oficial da competição. Aliás, foi através dessa tecnologia que, durante o jogo de Portugal frente ao Uruguai, a FIFA corrigiu a autoria do primeiro golo da Seleção portuguesa, atribuindo a Bruno Fernandes e não a Cristiano Ronaldo, como inicialmente foi considerado.