A Madeira reduziu, na última década, o consumo de energia com as tradicionais iluminações de Natal no Funchal em 70%, afirmou sexta-feira o presidente do Governo Regional. “Do ponto de vista energético, o novo sistema já reduziu, em 10 anos, 70% do consumo de energia, desde iluminações a toda a parafernália que está associada”, disse Miguel Albuquerque no âmbito da visita que efetuou à baixa do Funchal e ao Mercadinho de Natal que está montado na Avenida Arriaga.

O governante salientou que, este ano, o executivo madeirense decidiu “dar o exemplo”, pelo que optou por implementar a redução de uma hora nas iluminações natalícias e, face à necessidade de adoção de medidas na área energética, vão desligar-se uma da manhã, com exceções de alguns dias mais marcantes da quadra, em que fecharão às 02h00 e às 04h00.

O Natal e Fim de Ano é um dos principais cartazes turísticos da Madeira, tendo Albuquerque destacado que a região registou taxas de ocupação “muito elevadas” em outubro e novembro, que, considerou, serem “as melhores de sempre” nestes meses.

“Os meses de outubro e novembro, em termos de turismo, surpreenderam-nos”, vincou, apontando também que há perspetivas de um dezembro “muito positivo, o que é muito agradável para quem estava com algumas reticências sobre o que se ia passar depois do verão”, sem conseguir indicar ainda valores.

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O chefe do Governo Regional destacou o contributo das companhias que estão a operar para a Madeira, com 90 rotas e a oferta de 1,1 milhão de lugar disponibilizados no inverno IATA. “E tem sido uma surpresa muito agradável a circunstância dos aviões terem vindo e continuam a vir com uma grande ocupação”, realçou.

O presidente mencionou que o Governo Regional investiu este ano “mais de 3 milhões de euros” neste cartaz, sendo o projeto das iluminações festivas, composto por 1,6 milhões de lâmpadas que começaram a acender-se quinta-feira nas ruas e edifícios do Funchal.

Miguel Albuquerque foi ainda questionado pelos jornalistas sobre o flagelo do consumo da droga sintética na Madeira, nomeadamente o ‘bloom’. “É uma situação que temos de enfrentar”, declarou, argumentando que passa pela atuação de equipas multidisciplinares para “tratar e integrar essas pessoas”.

Albuquerque apontou que pode ser necessário ponderar a pertinência de pedir internamentos compulsivos para tratar estas situações de pessoas que têm “apetência para o consumo destas substâncias correntes que são consumidas e têm efeitos devastadores”. “A situação não é generalizada”, sustentou, recordando que os internamentos compulsivos dependente de autorização judicial.

Destacando que a Madeira tem capacidade instalada para lidar com esta problemática, reforçou: “Para algumas das pessoas vamos ter que pedir internamento compulsivo e vão ter de ser tratadas”.