A cotação da moeda chinesa, o yuan, face ao dólar norte-americano, atingiu esta segunda-feira o valor mais alto desde meados de setembro, após a China ter relaxado as medidas de prevenção epidémica, sinalizando o fim da estratégia “zero Covid”.

Segundo a taxa de câmbio oficial, definida diariamente pelo Banco do Povo da China (banco central), um dólar valia 6,9515 yuans, a meio da sessão de segunda-feira, fixando-se, pela primeira vez desde 16 de setembro abaixo de 7.

A taxa “offshore” – negociada nos mercados internacionais – situou-se em 6,94885, também a cotação mais alta desde meados de setembro.

A moeda chinesa não é inteiramente convertível. O banco central chinês estabelece diariamente uma taxa de paridade para o valor do yuan em relação ao dólar norte-americano. A moeda chinesa pode oscilar até 2% face a essa taxa de referência.

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Entre o final de outubro e início de novembro, a moeda chinesa atingiu os níveis de câmbio mais baixos desde 2007, na sequência do 20º Congresso do Partido Comunista da China (PCC).

A nova formação do Comité Permanente do Polibturo, a cúpula do poder na China, foi mal recebida pelos investidores, face à ausência de reformistas económicos orientados para o mercado.

No entanto, desde então, o yuan recuperou cerca de 5% em relação ao dólar.

As praças financeiras chinesas registaram hoje também fortes ganhos. O índice Hang Seng, a Bolsa de Valores de Hong Kong, subiu 3,46%, a meio da sessão de hoje, enquanto em Xangai a recuperação foi de 1,56% e em Shenzhen 0,65%.