A líder do coletivo cubano Damas de Branco, Berta Soler, foi detida neste fim de semana com as mães de dois presos devido aos protestos antigovernamentais de 11 de julho de 2021, afirmou hoje o ativista Ángel Moya.

Berta Soler, que já foi detida 32 vezes desde o início do ano, decidiu retomar os protestos de domingo, uma vez que terminou a fase mais difícil da pandemia do covid-19 na ilha, para pedir a libertação dos presos de 11 de julho de 2021.

Moya, casado com Berta Soler, explicou na rede social Facebook que a sua mulher e líder das Damas de Branco foi detida, como sempre, quando tentava deixar a sua associação em Havana no domingo de manhã, junto com Norabel Herrera e Marilin Cabrera.

Berta Soler, a quem foi imposto uma multa de 30 pesos, foi libertada hoje pela manhã, horas depois da libertação das outras duas mulheres, disse Moya.

Soler é uma das fundadoras das Damas de Branco, um grupo que emergiu com a iniciativa de várias mulheres, familiares dos 75 dissidentes independentes e jornalistas – entre os quais Moya – condenados durante a onda repressiva de 2003 em Cuba, conhecida como “Primavera Negra”.

A União Europeia (UE) e as ONG Human Right Watch e Amnistia Internacional criticaram as prisões e condenações, qualificando-as de políticas. As autoridades cubanas alegaram que os dissidentes acusados ameaçaram a soberania nacional por ordens dos Estados Unidos.

As mulheres de Blanco receberam o Prémio Sakarov pela liberdade de consciência do Parlamento Europeu em 2005.

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