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Um tribunal da região de Moscovo ordenou esta terça-feira a detenção de duas ministras ucranianas por violação da integridade territorial da Rússia, noticiou a agência russa estatal TASS.

O pedido foi feito pelo Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia e refere-se à vice-primeira-ministra e ministra para a Reintegração dos Territórios Temporariamente Ocupados da Ucrânia, Irina Verechtchuk, e à vice-ministra dos Negócios Estrangeiros, Emine Djaparova.

“O pedido [emitido pelo FSB] foi aprovado“, disse à agência francesa AFP a porta-voz do tribunal de Lefortovo, Anastasia Romanova.

O tribunal não especificou a razão dada pelo FSB, mas a TASS disse que as duas ministras ucranianas são acusadas de violar a integridade territorial da Federação Russa.

A Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia em 2014, e reivindicou a anexação das regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia em setembro deste ano, sete meses depois de ter invadido o país vizinho.

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Apesar da guerra, membros do Governo ucraniano têm circulado pelo país e Irina Verechtchuk visitou recentemente a cidade de Kherson (sul), capital da região com o mesmo nome, que as forças de Kiev recapturaram em novembro, infligindo um novo revés à Rússia.

Emine Djaparova é uma tártara da Crimeia, uma minoria muçulmana alvo de perseguição, e está a promover o fim da ocupação russa da península ucraniana no exercício das funções de diplomata “número dois” da Ucrânia.

Recebi neste dia a minha medalha“, comentou Djaparova na rede social Facebook, considerando que a decisão de Moscovo traduz o “reconhecimento da qualidade” do seu trabalho.

A comunidade internacional rejeitou esmagadoramente as reivindicações da Rússia, denunciou a sua ofensiva contra Kiev, e até aliados de Moscovo têm apelado para o respeito pela integridade territorial da Ucrânia.

A guerra na Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número exato de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm alertado que será elevado.