Salvador Sobral, Ensemble Med e Lavoisier estão entre os 20 projetos de Portugal apoiados pelo Programa Ibermúsicas, com um total de 94 mil euros, segundo os editais hoje publicados pela organização e a informação avançada pela Direção-Geral das Artes.

Organismo responsável pela operacionalização do programa em Portugal, a Direção-Geral das Artes (DGArtes) especificou que “47% dos projetos inscritos por Portugal terão apoio financeiro em três das Linhas de Apoio Ibermúsicas: Programação Internacional (três projetos), Apoio ao Setor Musical na Modalidade Virtual (três projetos) e Circulação Internacional (catorze projetos)”.

“Em 2023, 15 dos 20 projetos vencedores serão apoiados na totalidade do financiamento solicitado ao Programa Ibermúsicas, sendo os restantes cinco apoiados em mais de 85% do valor apresentado em candidatura“, acrescenta a DGArtes.

A lista de apoiados conta também com músicos e projetos musicais como Pedro Mestre, Elodie Bouny, Lavoisier, Helena Sarmento, Miroca Paris, Karyna Gomes, João Gentil, Maze + Terra, além da digressão Ayom Black Atlantic e do projeto Modinhas – Canções Portuguesas dos séculos 18 e 19.

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A maioria dos projetos prevê atuações no Brasil, mas também em países como Chile, Colômbia, México e Paraguai.

“Num contexto de pós-pandemia, a aposta na circulação de músicos vem reafirmar o compromisso Ibermúsicas de dinamização do espaço musical na Ibero-América, prevendo-se com os projetos a executar em 2023 a consolidação do intercâmbio artístico na área da Música”, lê-se no comunicado divulgado pela DGArtes.

Os projetos de Portugal, no conjunto, têm cooperação artística de sete países (Espanha, Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia e Paraguai), destacando-se ainda a cooperação de Portugal enquanto beneficiário indireto de 12 candidaturas apresentadas por cinco países-membros.

No edital do Ibermúsicas encontram-se assim igualmente músicos brasileiros que deverão atuar em Portugal durante o próximo ano, como o quarteto de jazz de Henrique Albino, e os músicos Juliana Linhares, Tiganá Santana, Lívia Mattos, Xênia França, Casa de Fulô, Luísa Lacerda, Maria Clara Valle e Diego Zangado.

De igual modo, a circulação músicos como Iracema de Andrade, do México, Panchi Duarte & Che Valle, do Paraguai, Alejandro y Maria Laura, do Peru, Ana Prada e Nico Ibarburu, do Uruguai, preveem etapas portuguesas.

As candidaturas às linhas de apoio do Programa de Cooperação Ibermúsicas, para projetos a decorrer em 2023, abriram no passado mês de junho.

A adesão de Portugal ao Ibermúsicas ocorreu em 2020, juntando-se a países como Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, México, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

A DGArtes e o Instituto Camões são as entidades responsáveis pela operacionalização deste programa em Portugal e o diretor-geral das Artes, Américo Rodrigues, é o representante português no Conselho Intergovernamental.

A contribuição anual de Portugal para este programa, de 120 mil euros, é suportada pelos ministérios da Cultura e dos Negócios Estrangeiros, através da DGArtes e do Instituto Camões.