O Boavista tem de estar no máximo diante do “secundário” Académico de Viseu, na terça-feira, em encontro dos quartos de final da Taça da Liga de futebol, para consumar nova participação na final four, observou esta segunda-feira o treinador Petit.

“Vai ser um jogo complicado, num campo extremamente difícil e com um relvado muito pesado. Penso que também vai dar chuva, mas isso é para as duas equipas. Quem tiver mais vontade e ambição e for mais inteligente em alguns momentos poderá vencer. Os detalhes também podem ser importantes“, disse o técnico, em conferência de imprensa.

Os ‘axadrezados’ tentam aceder às meias-finais pela segunda época consecutiva, após terem acabado o Grupo F no topo, com sete pontos, resultantes de triunfos sobre BSAD (3-2) e Vilafranquense (1-0), ambos da II Liga, e de um empate com o primodivisionário Vitória de Guimarães (0-0), quando já estava garantida a qualificação para os ‘quartos’.

“Como temos visto, dos 32 jogos disputados na primeira fase da Taça da Liga entre I e II Ligas, apenas 11 foram vencidos pelos clubes do escalão principal e dois desses triunfos foram nossos. É para verem o que há entre I e II Ligas. Agora, vamos com o pensamento de vencer para estarmos na “final “. Temos de nos adaptar ao relvado, que está com dificuldades, como se viu no último jogo do Académico de Viseu com o Tondela”, alertou.

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Petit lembrou o momento do atual sexto classificado do segundo escalão, que não perde há 14 duelos seguidos em todas as provas e também dominou o Grupo H da competição mais jovem do futebol profissional luso, com oito pontos, à frente de quatro adversários.

“Desde a entrada do Jorge Costa [no comando técnico], o Académico de Viseu tem feito um excelente campeonato e até vai com 10 vitórias e quatro empates. É uma equipa com muita qualidade e atletas experientes, que afastou duas equipas da I Liga na sua poule, tais como Famalicão e Estoril Praia. Trabalhamos para estar nestas disputas e será uma final para nós. Queremos estar concentrados, intensos e ambiciosos ao máximo”, frisou.

O Boavista está invicto na Taça da Liga há oito jogos e fixou na primeira fase o segundo melhor ciclo de resultados esta época, deixando para trás cinco derrotas e dois empates, que ditaram as quedas do quarto para o 11.º lugar da I Liga e na terceira eliminatória da Taça de Portugal ante o Machico, do Campeonato de Portugal, quarto escalão nacional.

“Todas as equipas passam por um período menos bom, mas tentámos mudar e perceber o que não nos estava a correr tão bem. Temos trabalhado dois sistemas, com uma linha de quatro ou cinco [defesas], e optado pelo 4-3-3 na Taça da Liga, mas podemos mudar consoante os atletas, que compreenderam, aceitaram e assimilaram estas ideias”, notou.

Petit estará desfalcado do médio japonês Masaki Watai, que se juntou recentemente no boletim clínico a César, Pedro Gomes, Filipe Ferreira, Kenji Gorré, Martim Tavares ou Adalberto Peñaranda, todos ausentes por lesão no ‘nulo’ com o Vitória de Guimarães.

O Boavista encara o Académico de Viseu na terça-feira, a partir das 20h15, no Estádio Municipal do Fontelo, em Viseu, no segundo jogo dos quartos de final da Taça da Liga.

O vencedor encontrará, depois, o campeão nacional FC Porto ou o Gil Vicente, finalista derrotado em 2011/12, na “final four” da 16.ª edição da prova, que volta a decorrer pela terceira época seguida no Estádio Municipal de Leiria, entre 24 e 28 de janeiro de 2023.