A reação não chegou a demorar 24 horas. Esta segunda-feira, o dia seguinte à final do Mundial do Qatar em que a Argentina venceu França nas grandes penalidades para conquistar o troféu pela terceira vez na história, Kylian Mbappé quebrou o silêncio e deixou as primeiras e parcas palavras sobre a derrota.

“Voltaremos”, limitou-se a escrever o avançado francês nas redes sociais, enquanto legenda de uma fotografia onde surge a passar ao lado do troféu do Campeonato do Mundo com o galardão de melhor marcador da competição na mão. Com os oito golos que marcou, bateu o registo de Pelé e tornou-se o jogador com mais golos na competição antes dos 24 anos — algo que levou o mítico brasileiro a dar-lhe pessoalmente os parabéns através do Twitter.

Contra a Austrália, ultrapassou Paul Pogba e tornou-se o mais jovem de sempre a cumprir 60 internacionalizações por França, sendo ainda o segundo na história a assinar um hat-trick numa final depois de Geoff Hurst em 1966. Mas há mais. Com os oito golos que apontou no Qatar mais os quatro que marcou na Rússia, em 2018, superou Henry, Zidane e Platini e é agora o segundo maior goleador da seleção francesa em Mundiais — ficando apenas atrás de Just Fontaine, que tem 13, num número que vai naturalmente alcançar nos próximos anos.

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Falhou o outro registo que pertencia a Pelé, não conseguindo tornar-se o segundo jogador com menos de 24 anos a conquistar dois Campeonatos do Mundo, mas no próximo Mundial pode já apanhar Lloris para ser o internacional francês com mais partidas na competição. Por fim, é agora o melhor marcador de sempre em finais de Mundiais, com quatro golos (três em 2022, um em 2018), superando os três de Vaná, Pelé, Hurst e Zidane.

O Qatar marcou o fim de uma era e acabou com a dualidade Messi/Ronaldo. Agora, o futuro é de Mbappé — o herdeiro