Decorria o minuto 76 da partida entre FC Porto e Gil Vicente a contar para os quartos de final da Taça da Liga quando o árbitro Manuel Mota se dirigiu ao banco portista e deu um cartão amarelo a Sérgio Conceição. No final do encontro, o treinador não deixou de partilhar o que sentiu no momento em que foi admoestado. “O árbitro deu-me amarelo, porque não tinha a braçadeira. Quando tirei o casaco, a braçadeira foi junto. Se tiver que tiver que pagar a multa, pago a multa. É inédito darem-me amarelo por não ter a braçadeira. Foi num momento em que até estava sentado. A agressividade com que o árbitro veio e falou…”, relatou o técnico.

Com o acesso à Final Four garantido, Sérgio Conceição garante que o FC Porto vai a Leiria para conquistar um título que nunca venceu. “Um título é um título. A Taça da Liga é um objetivo. Estamos aqui para tentar ganhá-la”, afirmou o técnico dos dragões. Para chegar ao objetivo, o próximo passo é defrontar o Académico de Viseu na meia-final.

Esta terça-feira, o FC Porto teve que bater um Gil Vicente que nem sempre deixou os azuis e brancos tocarem no tom que queriam. “O público quer ganhar com ópera e não com fato de macaco. A exigência tem a ver com o que é o histórico do clube. Não só temos que ganhar, como jogar sempre a alto nível”, conta Sérgio Conceição que, ainda assim, demonstrou ter outras prioridades. “O que importa é que ganhámos e estamos na final four”.

Problemas no sistema de comunicações dos árbitros e jogadores a entrarem no terreno de jogo e a saírem pouco tempo depois (como Evanilson e Pepê) marcaram o decurso de um jogo pouco convencional no Estádio do Dragão e que não deixou Conceição agradado: “Foi um jogo estranho. Houve muito tempo perdido, porque o jogo esteve parado muitas vezes. Tentámos condicionar o adversário, mas não resultou como pensámos. Tivemos, outra vez, uma segunda parte um bocadinho melhor do que a primeira. Criámos muitas ocasiões mesmo antes da expulsão. Podíamos e devíamos ter feito uma exibição mais sólida”.

Com a bola a rolar, a situação não foi melhor. “Não estivemos bem a nível defensivo e, quando tínhamos a bola, falhámos passes fáceis. Criámos situações em que não fomos eficazes. Podíamos ter mais golos antes da expulsão”, lamentou.

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