Há países que estão já a adotar medidas de inclusão para quem não se identifica apenas com o género feminino ou masculino, mas existem ainda aqueles que não reconhecem o terceiro género. É o caso da Suíça, que rejeitou esta quarta-feira duas propostas para inclusão de uma terceira opção de género nos registos oficiais.

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“O modelo binário de género ainda está fortemente ancorado na sociedade suíça”, referiu o Conselho Federal da Suíça, citado pela Associated Press, acrescentando que a introdução de uma opção não-binária, para pessoas que não se identificam apenas com o género feminino ou masculino, obrigaria a diversas mudanças na lei, quer a nível nacional, quer nos 26 estados.

O Conselho Federal citou ainda um relatório produzido pela comissão de ética, cujas conclusões indicam que este não é o momento indicado para fazer alterações relativas à autodeterminação de identidade de género.

Pela Europa, a Alemanha foi o primeiro país a permitir a opção do terceiro género em documentos oficiais — neste caso, nos passaportes, em 2018. A Suíça não deixou passar a opção para as pessoas que se identificam como não-binárias, mas em Portugal também não existe o terceiro género. A lei da autodeterminação da identidade de género portuguesa, que foi aprovada em 2018, permite apenas a mudança de sexo nos registos oficiais. Ou seja, só é permitido mudar de um sexo para o outro — entre o feminino e o masculino.

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