Começou por ser um rumor que ele próprio, ainda no Qatar, negou. Ganhou mais força após o final do Campeonato do Mundo, com a presença do jogador no Dubai e de representantes na Arábia Saudita. Agora, ainda antes do fim do ano e à beira do início de 2022, tornou-se realidade: Cristiano Ronaldo vai deixar a Europa pela primeira vez na carreira após ter assinado pelo Al-Nassr por duas temporadas e meia.

A contratação foi oficializada esta sexta-feira à noite pelo clube saudita que, no Twitter, afirmou que o “maior atleta do mundo assina oficialmente pelo Al-Nassr”. Para dar as boas-vindas a Ronaldo, no Instagram, o Al-Nassr escreveu o seguinte: “Esta é uma contratação que não só inspirará o nosso clube a alcançar um sucesso ainda maior, como inspirará a nossa liga, a nossa nação e as gerações futuras, rapazes e raparigas a serem a melhor versão de si mesmos”.

O futebolista português assumiu estar “ansioso por conhecer um novo campeonato de futebol, num país diferente”. Na conta oficial do Al Nassr na rede social Twitter, Cristiano Ronaldo considera “a visão do Al Nassr muito inspiradora” e mostrou-se entusiasmado para se juntar à nova equipa para que “juntos” consigam “alcançar mais sucessos”.

A notícia começou por ser adiantada no Twitter pelo jornal Ariyadhiah, da Arábia Saudita. “Al-Nassr assina oficialmente com a lenda portuguesa Cristiano Ronaldo por duas temporadas e meia”, pode ler-se na publicação. De recordar que, ao longo da semana, o jornal Marca já tinha indicado que a oficialização do capitão da Seleção Nacional no clube saudita estava presa por dias — ainda que tenha afirmado que iria acontecer apenas no domingo, dia 1 de janeiro.

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Sem que tenham sido adiantados quaisquer pormenores relativamente ao contrato que Cristiano Ronaldo assinou com o Al-Nassr, as únicas informações que têm sido veiculadas são precisamente aos do jornal Marca. O jogador português assinou por duas épocas e meia, prolongando a carreira praticamente até aos 40 anos, e vai receber cerca de 200 milhões de euros por cada uma das temporadas.

As negociações aceleraram desde o início da semana, altura em que o Al-Nassr terá encontrado a maneira legal de contratar Ronaldo sem violar as regras do fairplay financeiro — à partida, com base na saída de três jogadores. Por confirmar fica ainda a ideia de que o capitão da Seleção Nacional ficará ligado ao clube da Arábia Saudita até 2030: cumprindo os tais dois anos e meio enquanto jogador e o tempo restante como embaixador da candidatura saudita, em conjunto com o Egito e a Grécia, à organização do Mundial 2030.

Cristiano Ronaldo vai assinar pelo Al-Nassr e ser adversário de Portugal na candidatura ao Mundial 2030, garante jornal Marca

Ora, a ser verdade, o acordo implica desde já uma espécie de incompatibilidade. A candidatura da Arábia Saudita, do Egito e da Grécia à organização do Mundial 2030 é naturalmente adversária da candidatura de Portugal, Espanha e Ucrânia à mesma competição. Ou seja, tornando-se embaixador da proposta saudita, egípcia e grega, Cristiano Ronaldo tornava-se também um oponente direto das intenções e dos objetivos da Federação Portuguesa de Futebol.

Adicionalmente, os espanhóis indicam que os tais 200 milhões de euros por ano dizem respeito unicamente ao período em que o português vai representar o clube dentro de campo. Ou seja, o mais provável é que a quantia aumente quando e se Cristiano Ronaldo assumir o tal papel de embaixador da candidatura ao Campeonato do Mundo. De recordar que, quando questionado sobre o facto de já ter um alegado acordo fechado com o Al-Nassr, ainda durante o Mundial do Qatar, o capitão da Seleção limitou-se a dizer “não, não é verdade”.

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Notícia atualizada às 21h30 após a contratação de Ronaldo ter sido oficializada pelo Al-Nassr