O Liverpool venceu o Aston Villa, Darwin foi titular, não marcou e Klopp disse que o avançado está “imparável”. O Liverpool venceu o Leicester, Darwin foi titular, não marcou e Klopp comparou-o a Lewandowski. Esta segunda-feira, o Liverpool defrontava o Brentford e Darwin era titular — só era preciso perceber se o resto da premissa também se mantinha.

Durante a semana, porém, o Liverpool esforçou-se para demonstrar que o clube continua a manter total confiança no jogador pelo qual pagou 75 milhões de euros ao Benfica durante o verão. Para além do reforço positivo de Jürgen Klopp, que voltou a elogiar Darwin na antevisão da visita ao Brentford e lembrou que a “calma” pode ser a chave para o regresso aos golos, também foi Trent Alexander-Arnold foi chamado aos meios oficiais dos reds para recordar que o balneário acredita no uruguaio.

O dia em que Robertson fez história foi o dia do início da história de Bajcetic

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Acho que falo em nome de todos os rapazes: ele tem sido notável desde que chegou. As pessoas julgam-no pelos golos e isso é parte de ser um avançado, é parte da vida. Mas acho que pode continuar a sair do relvado com a cabeça levantada porque está a colocar-se em posições que estão a dar muitos problemas aos adversários. É uma grande ameaça, está a fazer tudo aquilo que o treinador lhe pede. A pressão, a atitude, a vontade — nada disso pode ser questionado. Quando os golos aparecerem, tenho a certeza de que vão aparecer como autocarros em Londres! Estamos à espera disso mas ele é um rapaz fantástico e um grande jogador”, referiu o lateral inglês, que esteve no Mundial do Qatar.

Era neste contexto que, esta segunda-feira, Darwin voltava então a ser titular pelo Liverpool. O avançado uruguaio completava o trio ofensivo com Oxlade-Chamberlain e Salah, apoiados por Thiago, Fabinho e Harvey Elliott, e o reforço de inverno Cody Gakpo ainda assistia à partida na bancada. Do outro lado, num Brentford que entrava em campo com menos cinco pontos do que os reds, Thomas Frank colocava Mbeumo e Wissa no ataque e deixava Damsgaard e Ghoddos no banco.

Darwin poderia ter inaugurado o marcador ainda dentro dos 10 minutos oficiais: o avançado foi isolado por Salah, contornou o guarda-redes e atirou para a baliza aparentemente deserta mas Ben Mee apareceu no sítio certo à hora certa a evitar o golo do Liverpool (8′). Antes de o jogo atingir os 20 minutos, porém, o Brentford adiantou-se. Canto na direita, Mee faz-se à bola e acaba por ser Konaté, central dos reds, a desviar para a própria baliza (19′).

O Liverpool não conseguiu reagir e, ainda antes do intervalo, sofreu o segundo golo. Jensen cruzou da direita para o lado contrário, Wissa apareceu a cabecear ao segundo poste e Alisson ainda defendeu: a bola, porém, já tinha ultrapassado por completo a linha de golo (42′), aumentando a vantagem do Brentford no final da primeira parte.

Klopp reagiu ao intervalo e fez uma tripla alteração, lançando Matip, Robertson e Keïta. Darwin acertou na baliza nos primeiros instantes do segundo tempo, com o golo a ser anulado por fora de jogo (49′), mas também só preciso esperar mais um pouco até o marcador voltar a mexer. Alexander-Arnold tirou um cruzamento praticamente perfeito na direita e Oxlade-Chamberlain, junto à marca de penálti, cabeceou sozinho para reduzir a desvantagem do Liverpool (50′).

Thomas Frank só mexeu à entrada no último quarto de hora, lançando Lewis-Potter e Josh Dasilva, e o Brentford acabou com as dúvidas ao chegar ao terceiro golo já nos derradeiros 10 minutos por intermédio de Mbeumo (84′). No fim, o Liverpool perdeu depois de quatro vitórias seguidas, não aproveitou a derrota do Tottenham contra o Aston Villa e mantém-se no 6.º lugar da Premier League, abrindo a porta às aproximações do Fulham, do Chelsea e do Brighton.