Donald Trump voltou a insistir que não tem responsabilidade na derrota do partido Republicano nas eleições intercalares, em novembro, atirando, antes, a culpa à “questão do aborto” que, diz, foi “mal tratada por muitos republicanos.”

“A culpa não foi minha de que os republicanos não tenham correspondido às expectativas nas eleições intercalares”, começou por escrever na Truth Social, rede social que criou depois de ter sido banido do Twitter. “Eu tinha 233-20! Foi a ‘questão do aborto’, mal tratada por muitos republicanos, especialmente aqueles que insistiram firmemente no Sem Exceções, mesmo no caso de violações, incesto ou vida da mãe [em risco], que perderam um grande número de eleitores”.

O antigo Presidente dos Estados Unidos continuou a mensagem fazendo referência às “pessoas” que “durante décadas” exerceram “pressão” para alterar a lei do aborto: “Obtiveram o seu desejo do Tribunal Supremo e simplesmente desapareceram para não serem vistas outra vez”. Donald Trump terminou insultando o senador Mitch McConnel, líder da minoria republicana no Senado, que o criticou os republicanos que desvalorizaram o ataque ao Capitólio, em janeiro de 2021. “Além dos mais, Mitch é estúpido.”

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Logo depois da eleição, em novembro, os Republicanos começaram a acusar Donald Trump de ser o responsável pelos maus resultados. Isto porque os candidatos apoiados pelo antigo Presidente perderam os seus lugares — os que venceram pertenciam já a estados republicanos já bem consolidados.

“Abominável”. Supremo dos EUA pondera revogar lei do aborto que tem 50 anos. O que está em causa?

Em junho, o Supremo Tribunal revogou da lei histórica Joe v. Wade, que na década de 70 legalizou o aborto nos Estados Unido). Além das declarações extremas anti-aborto de vários antigos senadores apoiados por Trump (como Doug Mastriano ou Mehmet Oz) três dos juízes que votaram a favor pelo revogar da lei foram nomeados pelo antigo Presidente dos Estados Unidos: os conservadores Brett Kavanaugh, Neil Gorsuch e Amy Coney Barret.