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Os HIMARS enviados pelos Estados Unidos à Ucrânia provaram realmente ser um “amigo de confiança” e os resultados estão à vista. Em Makiivka, num ataque perpetrado pelas forças ucranianas, quatro rockets provocaram o caos ao atingirem a Escola Profissional Técnica n.º19, usada pelas forças russas como quartel improvisado.
HIMARS. O “amigo de confiança” americano que está a ajudar a Ucrânia a virar a guerra
A defesa russa só conseguiu intercetar dois dos seis rockets disparados pelo poderoso sistema de lançamento de foguetes norte-americano na madrugada do dia 1 de janeiro. As imagens divulgadas na imprensa internacional mostram a destruição praticamente total da infraestrutura.
Num vídeo divulgado pela Euromaidan Press é possível ver os bombeiros a avançar no meio dos destroços da escola, na região de Donetsk. Poucas paredes ficaram de pé na sequência do ataque, que levou ao colapso do teto da estrutura.
"Hundreds" of Russian troops killed in Makiivka, Donetsk Oblast, in alleged HIMARS strike during Putun's New Year address – media
Read more: https://t.co/h6ceHVAi7v
????Aftermath of the strike, via https://t.co/sTyuW9JyMk pic.twitter.com/SoR9nbt9M2— Euromaidan Press (@EuromaidanPress) January 2, 2023
???? The death toll in #Makiivka rose to 89 – Russian Defense Ministry also reported that among the dead is the deputy commander of the regiment, Lieutenant Colonel Bachurin.
The Ministry said that the dead themselves were to blame, as they were forbidden to use phones. pic.twitter.com/VQzb3ErEb6
— NEXTA (@nexta_tv) January 3, 2023
Este foi um dos golpes mais duros sofridos pelo exército russo às mãos das tropas ucranianas nos dez meses de guerra. No relatório de 2 de janeiro, o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) descreve o que se passou em Makiivka como um “ataque devastador”.
Numa rara admissão de baixas, na terça-feira o Ministério de Defesa da Rússia reportou que 63 militares perderam a vida no ataque. Mais ao final do dia, o balanço de vítimas aumentou e a contagem atingiu a marca dos 89 mortos.
Os números divulgados pelas autoridades russas ficam, contudo, muito aquém das estimativas ucranianas. Kiev avançou que o número real de mortos rondaria na verdade os 400. Pode não haver um consenso sobre o número de baixas, mas o que é certo é que a ofensiva ucraniana motivou um coro de críticas às chefias que permitiram um ataque desta dimensão.
A versão oficial russa é que havia demasiados telemóveis ligados – contrariamente às indicações das autoridades russas – o que terá permitido ao exército ucraniano detetar a sua presença. A Ucrânia recusa essa tese, que descreveu como “ridícula”.
“Claro que usar telemóveis com geolocalização é um erro. Mas é óbvio que esta versão parece um pouco ridícula”, afirmou esta quarta-feira o porta-voz do grupo oriental das Forças Armadas da Ucrânia. Serhii Cherevatyi indica que foi a Rússia que não conseguiu mobilizar os militares de forma eficaz e em segredo, fator que Kiev aproveitou para detetar o alvo.