Marcelo Rebelo de Sousa recordou não ser “defensor de situações de crise que conduzam à interrupção da atividade governativa”. Por isso, em declaração aos jornalistas em Lisboa, o Presidente da República deixou um aviso: “Não contem com a ideia de dissolver o Parlamento.”

Falando esta sexta-feira sobre a necessidade de que o “Governo governe”, Marcelo considerou que é “legítimo” que cada ministro ou secretário de Estado possa, a qualquer momento, entender cessar funções. E disse que “cabe a cada membro do Governo no momento em que assume funções” ponderar “limitações e vantagens” que existem no respetivo cargo.

Questionado sobre a demissão da secretária de Estado da Agricultura, o chefe de Estado disse que essa é uma “questão ultrapassada”, uma vez que Carla Alves “pediu a exoneração do cargo por entender que existiam razões políticas que o justificavam”. “Não é um juízo de legalidade, é um juízo político”, acrescentou.

Crónica de uma demissão antecipada por Marcelo durante a moção de censura

Taxativo acerca da carta do primeiro-ministro sobre a criação de um mecanismo de escrutínio para filtrar nomeações de novos membros do Governo, o Presidente da República disse que procedeu às “diligências que julgava adequadas” e que irá responder à correspondência por escrito com a sua posição sobre a matéria. Ainda assim, recusou-se a dar sua opinião: “Seria uma indelicadeza estar a comunicar pelas televisões” aquilo que “apurei” e a “conclusão a que cheguei”.

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