O Model S Plaid, tal como o Model X Plaid, é muito mais do que um volante cortado ao meio, tipo manche de avião, tradicionalmente apelidado yoke. É certo que visualmente a solução é cativante, transmitindo uma sensação mais futurista e deixando um campo de visão mais desafogado para a frente e para o painel de instrumentos. Mas o Model S Plaid vive sobretudo do potencial (e da potência) dos três motores eléctricos, dois dos quais no eixo traseiro, que ultrapassam o milhar de cavalos, assegurando a transposição da fasquia dos 100 km/h ao fim de apenas 2,1 segundos, o que o coloca como a berlina mais rápida do mundo. De caminho atinge ainda 322 km/h, deixando muitos rivais a 60 km/h, o que não o impede de ser capaz de percorrer 600 km entre recargas. Isto apesar de possuir uma bateria com a capacidade de apenas 100 kWh, o que explica o peso ligeiro e a agilidade.

Mas um dos pormenores que mais encheu o olho dos potenciais compradores foi o volante yoke, o primeiro do género entre veículos de série, que lhe confere um toque futurista. As primeiras reacções ao inovador volante, que é só “meio volante”, foram mistas, pois se a maioria – a avaliar pelo que se vê nas redes sociais – é altamente a favor, não faltam os detractores da solução, em parte porque a Tesla ainda recorre a uma direcção convencional, em vez de by-wire e desmultiplicação extrema que lhe permita dar apenas meia volta do centro a qualquer um dos extremos.

Para evitar críticas, a Tesla tomou uma decisão para agradar a gregos e troianos, sendo de recordar que o yoke, originalmente, se destinava a ser utilizado em veículos já equipados com condução autónoma de Nível 3 ou 4, que ainda não está disponível. Assim, segundo o site do construtor nos diferentes países, o Plaid é vendido de série com o volante convencional redondo. Caso o cliente deseje, a Tesla monta no seu lugar e sem encargos adicionais o volante yoke. Assim todos ficam satisfeitos e ninguém pode criticar a solução.

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