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O primeiro Natal ortodoxo a ser celebrado na Ucrânia (e na Rússia) desde a invasão de larga escala de 24 de fevereiro do ano passado ficou logo marcado por um cessar-fogo anunciado por Moscovo que, aparentemente, não foi cumprido. A notícia foi dada logo pela manhã pelo Pentágono e pelo Ministério da Defesa britânicos, que denunciaram ataques em regiões como Lugansk e Kherson.

O Presidente ucraniano denunciou o mesmo na sua mensagem diária da noite de sábado, dizendo que “o mundo pôde assim ver” como são “falsas” as declarações de Moscovo. A Rússia, contudo, nega que tenha quebrado o cessar-fogo, “apesar do fogo de artilharia” dos ucranianos.

Para além disso, os serviços de informação ucranianos preveem que esteja para breve uma nova mobilização de soldados russos, a 15 de janeiro — e que, desta vez, deve incluir pessoas de cidades como São Petersburgo e Moscovo.

O que aconteceu durante a tarde e a noite?

  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, frisou que o cessar-fogo decretado pela Rússia, a propósito do Natal ortodoxo, não foi cumprido. “A realidade é que os ataques russos atingiram novamente Bakhmut e outras posições ucranianas”, disse na sua mensagem diária da noite de sábado, acrescentando que o mundo assim pode ver como são “falsas” as palavras de Moscovo.
  • Os serviços de informações ucranianos (HUR) admitem que a grande mobilização de combatentes russos — cerca de meio milhão, a maior até ao momento — pode abranger as maiores cidades do país, que têm sido mais poupadas ao esforço de guerra. Kiev diz que mobilização arrancará a 15 de janeiro e inclurirá elementos de cidades como São Petersburgo e Moscovo.
  • O Governo ucraniano anunciou que recebeu em 2022, entre contribuições internacionais em ajudas e empréstimos, mais de 30 mil milhões de euros — 40% dos quais vêm dos EUA, 25% da UE e 8% do FMI.
  • O governo finlandês anunciou que está disposto a fornecer tanques Leopard 2 à Ucrânia.
  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, irá visitar França, revelou um conselheiro presidencial. A data será revelada à última hora, por razões de segurança.
  • Zelensky impôs sanções a 119 personalidades russas, entre várias figuras públicas, e três cidadãos ucranianos.

O que aconteceu durante a manhã?

  • A Rússia violou o cessar de fogo de 36 horas anunciado para a propósito do Natal ortodoxo, confirmaram o Pentágono e o Ministério da Defesa britânico.
  • Segundo o Kyiv Independente, foram registados ataques russos em, pelo menos, sete regiões do este e sul da Ucrânia, provocando um total de três mortos e 14 feridos.
  • Moscovo negou que estivesse a quebrar o cessar-fogo. “Apesar do fogo de artilharia das forças armadas ucranianas em áreas povoadas e posições russas, a aplicação do cessar-fogo anunciado será continuado pelas tropas russas até às 24h (21h em Lisboa)”, anunciou o Ministério da Defesa da Rússia no seu comunicado diário.
  • Na sua mensagem de Natal, o Presidente russo, Vladimir Putin, destacou o papel da Igreja no conflito na Ucrânia, sublinhando que as suas organizações “apoiam os combatentes que participam na operação militar especial”. Putin celebrou o Natal Ortodoxo num serviço religioso privado.
  • Já na mensagem de Natal do presidente do Parlamento ucraniano, Ruslan Stefanchuk sublinhou que “é importante não perder a fé, mesmo tendo sofrido perdas irreparáveis”.
  • Ministros da Justiça de todo o mundo vão reunir-se em março, em Londres, para uma conferência internacional sobre crimes de guerra, com foco na Ucrânia.
  • As Forças Armadas ucranianas atualizaram o número de mortes nas tropas russas até este sábado, 7 de janeiro: com mais 490 mortes registadas nas últimas 24 horas, o número de baixas russas sobe para um total de 110.740.

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