Acompanhe aqui as últimas notícias sobre a invasão em Brasília.
Portugal foi célere a reagir aos acontecimentos em Brasil. E o Brasil notou essa rapidez na reação. Na conversa ao telefone que teve com Marcelo, Lula agradeceu a “manifestação pública pela condenação e repúdio dos atos praticados em Brasília” que chegou de Lisboa. Na nota pública que divulgou no site da Presidência, Marcelo manifestou-se contra os atos que, “além de inconstitucionais e ilegais, são inadmissíveis e intoleráveis em democracia” e reforçou “o apoio e a total solidariedade de Portugal para com o poder legitimamente eleito no Brasil”.
Também o Governo português se pronunciou sobre as “ações de violências” e aquilo que classificou como “manifestações anti-democráticas”. O executivo reiterou também o “apoio inequívoco às autoridades brasileiras na reposição da ordem e da legalidade”.
“O Governo transmite a sua inteira solidariedade à Presidência da República do Brasil, ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, cujos edifícios foram violados nas manifestações anti-democráticas que tiveram lugar esta tarde”, lê-se numa nota publicada no Portal Diplomático.
Quero exprimir o mais veemente repúdio pelo ataque ao Congresso do #Brasil. Toda a solidariedade às instituições democráticas brasileiras e, em particular, ao Senado e à Câmara de Representantes.
— Augusto Santos Silva (@ASantosSilvaPAR) January 8, 2023
Augusto Santos Silva, presidente da Assembleia da República e segunda figura do Estado português, exprimiu também “o mais veemente repúdio pelo ataque ao Congresso do Brasil”. Santos Silva apresentou “toda a solidariedade às instituições democráticas brasileiras e, em particular, ao Senado e à Câmara de Representantes”, palco de invasões que deixaram um rasto de destruição nos edifícios que servem de casa aos vários poderes no Brasil — legislativo, executivo e judicial.
Portugal foi o primeiro, mas não foi o único país a condenar a invasão — e a destruição e, nalguns casos, a pilhagem — dos edifícios do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal. As reações chegaram de muitos pontos do globo.
Ataque contra “governo democraticamente eleito.” As reações em Portugal
Ao longo das horas seguintes, e enquanto iam sendo divulgadas nas redes sociais imagens do assalto aos edifícios de Brasília, somavam-se reações. Desde logo, em Portugal, com os vários partidos a condenar, de forma unânime, os acontecimentos deste domingo. “O PS condena todas as ações que pretendem colocar em causa os governos democraticamente eleitos”, escrevia o partido numa nota tornada pública.
O PS também já manifestou o seu apoio ao Governo do Presidente brasileiro, Lula da Silva, salientou a defesa do Estado de Direito e apelou ao regresso rápido à normalidade democrática no Brasil. A posição consta de uma nota divulgada pela direção do PS. “O PS apoia o Governo de Lula da Silva, legitimamente eleito nas últimas eleições pelo povo brasileiro. O PS condena todas as ações que pretendem colocar em causa os governos democraticamente eleitos”, refere a nota do partido.
Na mesma mensagem, os socialistas salientam depois que estarão “sempre ao lado da defesa do Estado de Direito” e apelam “ao regresso rápido à normalidade democrática no Brasil”. Um país “irmão, a cujo Governo e povo expressamos a nossa solidariedade”, acrescenta o PS.
“Um dia negro e triste para o Brasil”, escreveu o líder do Chega, André Ventura, que se dirigiu diretamente ao ex-Presidente Jair Bolsonaro:
Às vezes, os líderes têm de ir contra os seus próprios movimentos e apoiantes para fazer valer as regras democráticas (…) e esse é o apelo que faço [ao ex] Presidente Jair Bolsonaro e ao Partido Liberal [do Brasil] para que serene os ânimos e que possa dar às autoridades novamente condições de ocupar os edifícios da democracia brasileira.”
No Twitter, a coordenadora do Bloco de Esquerda referiu-se a um “tempo é de todos os perigos”. Catarina Martins compara os seguidores de Bolsonaro com os de Trump e fala no “mesmo ódio à democracia”, dizendo que “o tempo é de todos os perigos”
Seguidores de Bolsonaro invadem e destroem o Congresso, a sede do governo e o supremo tribunal brasileiros. O mesmo ódio à democracia dos apoiantes de Trump. O tempo é de todos os perigos. A ordem constitucional deve ser reestabelecida imediatamente#Brasil #democracia
— Catarina Martins (@catarina_mart) January 8, 2023
Outro deputado, Rui Tavares, considera que os acontecimentos deste domingo são “a prova de que esses nacionalistas internacionais se imitam e contam com as mesmas cumplicidades”. Condenando a invasão das instituições brasileiras, o deputado do Livre fez também uma paralelismo com o que se passou em janeiro de 2021, em Washington, quando apoiantes de Donald Trump invadiram o Capitólio dos Estados Unidos.
“A tentativa de golpe em curso em Brasília, decalcada do 6 de janeiro 2021 em Washington, é a prova de que esses nacionalistas internacionais se imitam e contam com as mesmas cumplicidades. A resposta deve ser solidariedade com os democratas brasileiros e rejeição de qualquer golpismo”, escreveu Rui Tavares.
A tentativa de golpe em curso em Brasília, decalcada do 6 de janeiro 2021 em Washington, é a prova de que esses “nacionalistas internacionais” se imitam e contam com as mesmas cumplicidades. A resposta deve ser solidariedade com os democratas brasileiros e rejeição de qq golpismo
— rui tavares (@ruitavares) January 8, 2023
Inês Sousa Real, líder do PAN, considerou que as invasões mostram “o perigo das forças políticas antidemocráticas”. Sousa Real considerou também inaceitável a invasão das principais instituições brasileiras por parte de apoiantes do ex-Presidente Jair Bolsonaro e salientou que a violência e a desordem não podem ser toleradas. “A violência e a desordem não podem ser toleradas, minam a democracia.” Noutro paralelo com a invasão do Capitólia, nos Estados Unidos, a deputada única do PAN acrescentou que esta ação ocorrida em Brasília, “tal como a que aconteceu nos Estados Unidos, mostra bem o perigo das forças políticas antidemocráticas”.
A invasão dos apoiantes de Bolsonaro ao Congresso Nacional do Brasil e ao Supremo Tribunal é inaceitável. A violência e a desordem não podem ser toleradas, minam a democracia. Esta ação, tal como a que aconteceu nos EUA, mostra bem o perigo das forças políticas anti-democráticas.
— Inês de Sousa Real (@lnes_Sousa_Real) January 8, 2023
“Terrorismo” e “vandalismo”. As reações no Brasil
Dos juízes do Supremo Tribunal Federal aos membros do Governo, líderes do Congresso e do Senado, também dentro do Brasil, naturalmente, os vários responsáveis políticos e judiciais foram tomando posição sobre as invasões deste domingo.
Alexandre de Moraes, presidente do Supremo Tribunal Federal, classificou as manifestações e, sobretudo, a invasão do Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal como “desprezíveis ataques terroristas à democracia”. E garantiu que o caso será investigado. Os manifestantes serão “responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores, anteriores e atuais agentes públicos que continuam na ilícita conduta dos atos antidemocráticos”, acrescentou.
Os desprezíveis ataques terroristas à Democracia e às Instituições Republicanas serão responsabilizados, assim como os financiadores, instigadores, anteriores e atuais agentes públicos que continuam na ilícita conduta dos atos antidemocráticos. O Judiciário não faltará ao Brasil!
— Alexandre de Moraes (@alexandre) January 8, 2023
Da parte do ministro da Justiça, a garantia de que as ações dos manifestantes “não vão prevalecer”. Flávio Dino, o atual ministro da Justiça brasileiro, garante que está a acompanhar a situação no Ministério e que está em contacto com o governador de Brasília (Distrito Federal, responsável pela resposta policial). “Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer”, garante Dino, que diz que “haverá reforços” da presença policial em Brasília.
Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça.
— Flávio Dino ???????? (@FlavioDino) January 8, 2023
Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reagiu às notícias da invasão repudiando “veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência”. escreveu Pacheco no Twitter. O senador disse ainda que o governador de Brasília, Ibaneis Rocha, garantiu que “os esforços de todo o aparato policial” estão concentrados para travar esta situação.
Conversei há pouco, por telefone, com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, com quem venho mantendo contato permanente. O governador me informou que está concentrando os esforços de todo o aparato policial no sentido de controlar a situação.
— Rodrigo Pacheco (@rodrigopacheco) January 8, 2023
O Congresso presidente da Câmara dos Deputados garante que o Brasil “nunca dará espaço para vandalismo”. No Twitter, Arthur Lira reagiu à invasão para dizer que “o Congresso Nacional jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente. Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e o vandalismo”. Os responsáveis, garantiu, “serão punidos”.
O Congresso Nacional jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente. Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo.
— Arthur Lira (@ArthurLira_) January 8, 2023
Um pedido de desculpas a Lula. Foi isso que o governador de Brasília, Ibaneis Rocha, fez questão de tornar público, considerando também “inaceitável” a situação em Brasília.
????GRAVE: O governador do DF, Ibaneis Rocha, se pronunciou e pediu desculpas ao presidente Lula pelo dia de hoje.
pic.twitter.com/NK45UKpB8v— CHOQUEI (@choquei) January 8, 2023
Num vídeo publicado nas redes sociais, Ibaneis Rocha disse que o aconteceu foi “simplesmente inaceitável” e recordou que, entre a véspera das invasões e domingo, conversou várias vezes com o ministro da Justiça, Flávio Dino, sobre o elevado número de apoiantes de Bolsonaro que se deslocavam até Brasília. “Nunca imaginaríamos que as manifestações tomassem as proporções que tomaram”, afirmou o governador, sinalizando que quem as levou a cabo são “verdadeiros vândalos e terroristas”.
Ibaneis Rocha indicou que quer ver os manifestantes “punidos”. “O que aconteceu foi inaceitável e em momento nenhum vou admitir isto”, rematou.
A mesma linha de argumentação do secretário de Segurança de Brasília (e conhecido bolsonarista, que entretanto foi afastado das suas funções). Anderson Torres falou em “cenas lamentáveis” e dizia ainda ter tomado “providências imediatas” para se restabelecer a ordem.
Cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios. Determinei ao setor de operações da SSPDF, providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília.
— Anderson Torres (@andersongtorres) January 8, 2023
Torres é um conhecido bolsonarista, que foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro. Nas mensagens que tornou públicas, quando ainda estava em funções — a exoneração foi decretada durante a tarde de domingo — o agora ex-secretário de Segurança de Brasília pedia ação de “todo o efetivo” da polícia após os atos de “vandalismo” e a “depradação” de instituições brasileiras. “Determinei que todo o efetivo da PM [Polícia Militar] e da Polícia Civil atue”, garantiu.
É inconcebível a desordem e inaceitável o desrespeito às instituições. Determinei que todo efetivo da PM e da Polícia Civil atue, firmemente, para que se restabeleça a ordem com a máxima urgência. Vandalismo e depredação serão combatidos com os rigores da lei.
— Anderson Torres (@andersongtorres) January 8, 2023
Torres foi acusado por vários aliados do governo, como a presidente do PT, de não estar a responder efetivamente à situação.
A presidente do PT atirou ao governador do distrito de Brasília, acusando-o de ter “responsabilidade” nas ações que desembocaram na invasão do Congresso. No Twitter, a presidente do PT — partido de Lula da Silva — atacou o governo do distrito federal de Brasília. “Foi irresponsável frente à invasão de Brasília e do Congresso Nacional”, diz Gleisi Hoffman.
Governo do DF foi irresponsável frente à invasão de Brasília e do Congresso Nacional. É um crime anunciado contra a democracia, contra a vontade das urnas e por outros interesses. Governador e seu secretário de segurança, bolsonarista, são responsáveis pelo que acontecer
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) January 8, 2023
A dirigente do PT considerou que a invasão do edifício do Congresso “é um crime anunciado contra a democracia, contra a vontade das urnas e por outros interesses” e atira diretamente a Ibaneris Rocha: O “governador [de Brasília] e seu secretário de segurança, bolsonarista, são responsáveis pelo que acontecer.”
Ex-ministro da Justiça de Bolsonaro — antes de cortar com o ex-Presidente do Brasil — e uma figura que ganhou projeção nacional pela intervenção que teve no Processo Lava Jato, Sérgio Moro apelou aos manifestantes para que se retirassem e considerou que a invasão e destruição provocadas pelas manifestantes “não são respostas”. “Protestos têm que ser pacíficos. Invasões de prédios públicos e depradação não são resposta”, escreveu.
Protestos têm que ser pacíficos. Invasões de prédios públicos e depredação não são respostas. A oposição precisa ser feita de maneira democrática, respeitando a lei e as instituições. Os invasores precisam se retirar dos prédios públicos antes que a situação se agrave.
— Sergio Moro (@SF_Moro) January 8, 2023
Líderes europeus
Entre líderes das várias instituições europeias e líderes de países europeus, as várias mensagens divulgadas sublinhavam a importância de defender a democracia e manifestavam preocupação com os acontecimentos em Brasília.
Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, mostrou-se “profundamente preocupada” com a violência naquele estado brasileiro e defendeu que “a democracia deve ser sempre respeitada”. A líder afirma que o Parlamento Europeu “está ao lado do Governo” do Presidente Lula da Silva e “de todas as instituições legitima e democraticamente eleitas”.
Profundamente preocupada com o que está a acontecer no #Brasil.
A Democracia deve ser sempre respeitada.@Europarl_EN está ao lado do Governo @LulaOficial e de todas as Instituições legitima e democraticamente eleitas.
????????????????
— Roberta Metsola (@EP_President) January 8, 2023
Da parte do Conselho Europeu, Charles Michel fez questão de lembrar — num momento em que o resultado das presidenciais de outubro são questionadas pelos manifestantes pro-Bolsonaro — que Lula foi eleito “em eleições livres e justas”. Charles Michel manifestou a “condenação absoluta” pela invasão aos edifícios que rodeiam a Praça dos Três Poderes. “Apoio total ao Presidente Lula da Silva, democraticamente eleito por milhões de brasileiros em eleições livres e justas”, escreveu.
My absolute condemnation of the assault on the democratic institutions of Brazil.
Full support for President @LulaOficial Da Silva, democratically elected by millions of Brazilians through fair and free elections.
— Charles Michel (@CharlesMichel) January 8, 2023
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou o ataque “uma grande preocupação para todos nós, defensores da democracia” e manifestou o seu “total apoio” a Lula da Silva.
Presidente da Comissão Europeia condena ataque no Brasil e diz-se preocupada
A Lula, Emmanuel Macron manifestou “o apoio incondicional da França”.
A vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas! O Presidente @LulaOficial pode contar com o apoio incondicional da França.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) January 8, 2023
E Pedro Sánchez, líder espanhol, condenou “rotundamente” o ataque deste domingo. “Condenamos rotundamente o assalto ao Congresso do Brasil e fazemos um apelo ao imediato regresso à normalidade democrática”, escreveu Sánchez no Twitter.
Todo mi apoyo al presidente @LulaOficial y a las instituciones libre y democráticamente elegidas por el pueblo brasileño.
Condenamos rotundamente el asalto al Congreso de Brasil y hacemos un llamamiento al inmediato retorno a la normalidad democrática.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) January 8, 2023
O ex-presidente do Governo espanhol, José Maria Aznár, também manifestou apoio ao Presidente brasileiro e condenou “qualquer intenção de subverter a ordem constitucional” numa mensagem divulgada nas redes sociais.
A primeira-ministra italiana também se pronunciou, Giorgia Meloni considerou que as invasões “são inaceitáveis e incompatíveis” com a democracia, e apelou a um rápido regresso à normalidade.
Quanto accade in Brasile non può lasciarci indifferenti. Le immagini dell’irruzione nelle sedi istituzionali sono inaccettabili e incompatibili con qualsiasi forma di dissenso democratico. È urgente un ritorno alla normalità ed esprimiamo solidarietà alle Istituzioni brasiliane.
— Giorgia Meloni (@GiorgiaMeloni) January 8, 2023
O vice-primeiro-ministro irlandês, Micheál Martin, condenou o “ataque violento contra a democracia” no Brasil, admitindo estar “profundamente preocupado” e sublinhando o apoio da República da Irlanda ao Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
Deeply disturbed by the scenes in Brazil’s capital Brasilia today. Ireland condemns this violent attack on democratic institutions and fully supports @LulaOficial and Brazilian democracy.
— Micheál Martin (@MichealMartinTD) January 8, 2023
Na mesma linha, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, considerou “inaceitável” o assalto ao Congresso, ao Supremo Tribunal Federal e ao Palácio do Planalto do Brasil e manifestou o seu apoio ao Presidente brasileiro, lembrando que foi “democraticamente eleito” pelos brasileiros.
I watched the images of the storming of government buildings in Brasilia with dismay. Unacceptable violence against institutions that form the core of a democratic state governed by the rule of law. We stand behind @LulaOficial as Brazil’s democratically elected president.
— Mark Rutte (@MinPres) January 9, 2023
Reações de outros líderes mundiais
Algumas horas mais tarde, o Presidente dos Estados Unidos definiu como “ultrajante” aquilo que aconteceu no estado que serve de centro de poder no Brasil. Da Venezuela, do Chile e de Angola foram chegando mais mensagens de solidariedade para com Lula.
João Lourenço, Presidente angolano, condenou de forma “vigorosa e firme” os “atos antidemocráticos”. “Na qualidade de Presidente ‘pro tempore’ da CPLP e na de Presidente da República de Angola expresso a mais vigorosa e firme condenação aos atos antidemocráticos que estão a ser praticados no Brasil, ao longo do dia de hoje, contra instituições que representam e simbolizam a Democracia brasileira”, escreveu João Lourenço, numa mensagem divulgada na página da Presidência de Angola na rede social Facebook.
O chefe de Estado Angolano manifestou a convicção de que irá exercer a sua autoridade e “repor sem demora a ordem democrática no país”. João Lourenço lembrou o que o resultado de outubro decorre de eleições “reconhecidas mundialmente como livres, justas e transparentes, não fazendo assim qualquer sentido as reivindicações atuais”. “Consideramos estas manifestações lamentáveis e reveladoras de um elevado grau de intolerância não compatível com as regras do jogo democrático, em que os resultados legitimados pelo voto popular devem ser reconhecidos e aceites por todos”, escreveu João Lourenço.
E Nicólas Maduro disse ver “com preocupação” as ações de “grupos fascistas e de extrema direita”.
RT NicolasMaduro "RT @avnve: #Gobierno || El Gobierno Bolivariano condena todo acto de violencia política y reitera su apoyo al pueblo de Brasil y a su Gobierno de Unión y Reconstrucción, liderado por el Presidente Lula, expresa el comunicado. pic.twitter.com/tiFxGp2PC0"
— GMVV Nueva Esparta (@GMVV_NvaEsparta) January 8, 2023
Também o Presidente do Chile tornou pública uma mensagem em que falava num “ataque covarde e vil contra a democracia”, anunciando “todo o apoio” ao governo brasileiro. “O governo do Brasil conta com todo o nosso apoio”, garantiu o chefe do executivo chileno, definindo o sucedido como um ataque “covarde e vil” contra a democracia.
Impresentable ataque a los tres poderes del Estado Brasilero por parte de bolsonaristas.
El gobierno de Brasil cuenta con todo nuestro respaldo frente a este cobarde y vil ataque a la democracia.
— Gabriel Boric Font (@GabrielBoric) January 8, 2023
“Fascismo decidiu dar um golpe”, escreveu o Presidente da Colômbia, pedindo uma “reunião urgente” da Organização dos Estados Americanos, ao mesmo tempo que enviada “toda” a sua “solidariedade” a Lula da Silva e ao povo brasileiro.
Toda mi solidaridad a @LulaOficial y al pueblo del Brasil. El fascismo decide dar un golpe.
Las derechas no han podido mantener el pacto de la no violencia.
Es hora urgente de reunion de la OEA si quiere seguir viva como institución y aplicar la carta democrática.
— Gustavo Petro (@petrogustavo) January 8, 2023
Por sua vez, o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, considerou que “a transferência pacífica do poder e o respeito pela vontade do povo são fundamentais numa democracia” e acrescentou que o seu país espera trabalhar com o Presidente brasileiro.
Australia condemns the violent attacks on Brazil’s democratic institutions. The peaceful transfer of power and respect for the will of the people are fundamental to democracy. We look forward to working with the administration of President @LulaOficial
— Anthony Albanese (@AlboMP) January 9, 2023
Notícia atualizada às 13h05 com mais reações de líderes mundiais