O juiz desembargador Carlos Alberto Lobo, do Tribunal da Relação de Évora, terá pedido escusa ao Supremo Tribunal de Justiça, avança o jornal Expresso. O pedido dirigido ao Supremo Tribunal de Justiça pede para não intervir no caso do atropelamento na A6, quando um trabalhador foi atropelado pelo carro onde seguia Eduardo Cabrita, então ministro da Administração Interna.

A informação apurada pelo semanário refere que o juiz alegou que trabalhou com Eduardo Cabrita, quando entre 2000 e 2002 exerceu o cargo de subdiretor dos serviços prisionais. Na altura, Cabrita desempenhava funções como secretário de Estado da Justiça e António Costa era ministro da Justiça. Na altura, o agora juiz terá trabalhado diretamente com Cabrita.

Carlos Alberto Lobo pede, assim, ao Supremo para não ter de analisar o recurso feito pela Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados enviada para a Relação de Évora, que pede que o ex-ministro fosse ouvido na fase de instrução.

Os juízes desembargadores admitiram a abertura de instrução para o antigo ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita e para Nuno Dias, que à data era seu chefe de segurança, conforme notou a agência Lusa. Será o juiz de instrução criminal a avaliar se os indícios que recaem sobre o ex-governante e o seu antigo chefe de segurança são suficientemente fortes para levar ou não os dois arguidos a julgamento.

Atropelamento na A6: juiz de instrução criminal vai decidir se Eduardo Cabrita será julgado

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