Não foi 100% perfeito, também não faltou muito para isso. O início de 2023 trouxe uma alma renovada à Roma, que neste período depois do Campeonato do Mundo venceu o Bolonha para a Serie A, conseguiu um empate nos minutos finais em San Siro frente ao campeão AC Milan depois de ter estado a perder por 2-0 e carimbou durante a semana a passagem aos quartos da Taça de Itália após derrotar o Génova pela margem mínima. Pelos resultados e não só, José Mourinho assumiu um outro protagonismo, voltando à versão sem papas na língua para falar do calendário desportivo transalpino mas também da… Seleção.
Dan #Friedkin è tornato a Roma. Stasera sarà sugli spalti dell'Olimpico per il match contro la Fiorentina. Presto a Trigoria potrebbe avere un colloquio chiarificatore con Mourinho e Tiago Pinto.
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— Giallorossi.net (@g_iallorossi) January 15, 2023
“A forma como a Taça está montada não protege os clubes mais pequenos. Não anima quem tem um sonho e não estou a falar de nós. Estou a falar do Torino por exemplo, que ganhou no campo do campeão italiano e de seguida tem de jogar fora, porque, no ano passado, a Fiorentina terminou em sétimo e eles foram oitavos ou nonos. Não percebo isso. No ano passado, terminámos em sexto. No ano anterior, em sétimo. Quero apostar na Taça de Itália mas, se sou uma equipa de nível inferior, não quero jogar. Que motivação podem ter? Agora jogam fora porque o calendário assim o decidiu. Onde está a beleza da Taça?”, criticou após o triunfo diante do Génova que colocou agora a equipa a defrontar Nápoles ou Cremonese nos quartos.
“Hoje posso falar convosco e digo uma coisa que talvez não vos interesse muito, mas quero agradecer ao presidente da Federação Portuguesa de Futebol. O que ele me disse deixou-me muito orgulhoso. Dizer que fui não a primeira escolha mas a sua única escolha e que teria feito de tudo para levar-me para casa. Deixou-me muito contente. Mas não fui, estou aqui e estou a dar tudo de mim”, acrescentou ainda nesse momento, poucos dias depois de Fernando Gomes ter garantido que Roberto Martínez tinha sido o único treinador a receber um convite concreto para suceder a Fernando Santos e comandar a formação nacional.
Depois da goleada sofrida pela Juventus em Nápoles e de mais um empate do AC Milan diante do Lecce, a Roma poderia fixar-se nos lugares europeus apenas a três pontos da terceira posição da Juventus e a quatro do vice-líder AC Milan em caso de vitória diante da Fiorentina, num contexto também em que a Sky Sports italiana fala num período de alguma tensão em termos internos pelas perspetivas diferentes do ataque ao mercado entre Mourinho e Tiago Pinto, diretor desportivo dos romanos, e também pela renovação ainda estagnada de Zaniolo. Também por isso, a receção ao conjunto de Florença num Olímpico de novo com casa cheia ganhava um outro peso. E os romanos não falharam, com mais uma vitória sem sofrer golos.
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— skysport (@SkySport) January 13, 2023
Num jogo marcado pela expulsão do lateral Dodô logo aos 24′, vendo o segundo amarelo após uma entrada de carrinho muito dura sobre Zalewski, Dybala voltou a ser o principal protagonista tendo Tammy Abraham como artista secundários: ainda na primeira parte, e no seguimento de uma recuperação de bola em zona alta dos romanos, o avançado inglês amorteceu à entrada com o peito para o remate de primeira do avançado argentino que inaugurou o marcador (40′); já no quarto de hora final, um grande passe do meio-campo de Cristante encontrou Abraham a ganhar a profundidade e a encontrar depois na área a Joia para o 2-0, naquele que foi o segundo bis do ex-jogador da Juventus na Serie A e que deu a primeira vitória ao conjunto de José Mourinho no Olímpico por mais do que um golo de diferença desde… agosto.
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