A albufeira da barragem de Arcossó, em Chaves, atingiu os 65% da capacidade total de armazenamento de água, depois de ter descido aos 2,5% no final do verão, disse esta segunda-feira fonte da Direção Regional de Agricultura.

Por causa da seca, a rega a partir deste aproveitamento hidroagrícola, no Norte do distrito de Vila Real, foi cortada em julho, mas já em junho tinha sido incluído na lista anunciada pelo Governo com restrições para a campanha de rega no país.

“A albufeira está a encher. Neste momento estamos com quase 65% da capacidade total de armazenamento da albufeira. Temos uma capacidade perto de cinco milhões de metros cúbicos e, neste momento, estamos com três milhões, cento e setenta mil”, afirmou à agência Lusa Rui Guerra, da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN) e representante do Estado na Associação de Regantes e Beneficiários da Veiga de Chaves.

Uma recuperação que se começou a sentir de forma mais significativa a partir do mês de dezembro e em resultado da precipitação intensa que caiu no território.

Rui Guerra lembrou que, no final da campanha de rega e do verão, em setembro, aquela barragem, localmente conhecida como Nogueirinhas, andava na “ordem dos 2,5% da capacidade de armazenamento de água”.

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Pensamos que as barragens poderão atingir, até à primavera, os valores de pleno enchimento. No panorama geral das barragens que nós monitorizamos em Trás-os-Montes, que são 13, neste momento temos sete a 100%”, salientou, reforçando que a “campanha de rega deverá estar assegurada” este ano.

A DRAPN monitoriza quatro barragens no distrito de Vila Real, todas elas localizadas no concelho de Chaves, designadamente Arcossó (65%), Mairos (84%), Rego do Milho (92,6%) e Curalha (100%).

Como partilham a mesma linha de água, assim que a barragem de Mairos atingir a plenitude, passará a debitar água para Arcossó, contribuindo para uma recuperação mais rápida desta albufeira.

A barragem de Arcossó serve os agricultores da Associação de Regantes e Beneficiários da Veiga de Chaves, que possui à volta de 2.500 sócios, com cerca de 16.000 parcelas e, neste território, as culturas predominantes são o milho, a batata e cereais.

A campanha de rega deverá ser retomada em abril ou maio.