João Loureiro foi condenado a 28 meses de prisão, suspensa por 30 meses, pela prática de crime de abuso de confiança fiscal, em execução continuada. Em causa está a retenção indevida dos impostos referentes aos rendimentos dos prémios atribuídos pelo bingo do Boavista, num valor que ultrapassa os 300 mil euros.

Segundo a sentença, proferida no passado dia 13 de janeiro e divulgada esta quarta-feira pela Procuradoria-Geral do Porto, o ex-presidente do Boavista terá ainda de pagar sete mil euros à Autoridade Tributária no prazo de 28 dias.

O Tribunal da Comarca do Porto deu ainda como provada a acusação de abuso de confiança que pesava sobre o Boavista. O clube de futebol terá de pagar uma multa de 6.750 euros.

“O Tribunal deu como provado que o clube, no decurso da sua atividade, explorava o ‘Jogo do Bingo’, encontrando-se, por isso, obrigado a proceder à retenção na fonte do IRS referente aos rendimentos de atribuição de prémios e à retenção na fonte do valor correspondente ao imposto de selo devido pela atribuição de prémios”, referiu a Procuradoria-Geral do Porto.

“não obstante, porque o clube estava com dificuldades económicas, o arguido, pessoa singular, decidiu não entregar os montantes devidos nos meses de janeiro a maio de 2016 a título de imposto de selo nos cofres do Estado, no total de €300.938,38, antes os integrando no património do clube.”

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