A empresa Twitter só conta com 1.300 funcionários, dos 7.500 que tinha quando Elon Musk se converteu no seu único acionista, segundo a estação televisiva de economia CNBC, que invoca documentos internos que consultou. Os engenheiros ascendem a 550, ao passo que o pessoal de confiança e segurança (‘trust and safety’) apenas conta com 20 pessoas, apesar de lhe competir a garantia da segurança dos utilizadores e das suas contas.
O empresário americano veio entretanto corrigir estes números, através da própria rede social, referindo que esta tem 2.300 empregados ativos. Ainda assim, este número representa menos de um terço — 30% — do universo de colaboradores que existiam antes da oferta lançada por Elon Musk que retirou o Twitter da bolsa.
The note is incorrect. There are ~2300 active, working employees at Twitter.
There are still hundreds of employees working on trust & safety, along with several thousand contractors.
Less than 10 people from my other companies are working at Twitter.
— Elon Musk (@elonmusk) January 21, 2023
Quando Musk confirmou definitivamente a sua compra da rede social, por 44 mil milhões de dólares, e entrou na sede da empresa em San Francisco, fê-lo no meio de rumores de que pensava fazer despedimentos, que vieram a confirmar-se de imediato, que agora atingem quase 80% do pessoal de então, segundo a mesma fonte.
O corte de efetivos tem a ver com as constantes declarações de Musk de querer reduzir os custos, mais a mais depois de as receitas da Twitter terem caído na vertical depois da sua chegada aos destinos da empresa, principalmente pela fuga massiva de anunciantes, espantados com as constantes mudanças de rumo do novo proprietário e a nova e incerta política de conteúdos.
Musk chegou a dizer no inicio de novembro que a Twitter perdia quatro milhões de dólares por dia, como justificação para os despedimentos, e na quarta-feira colocou à venda grande parte do imobiliário com os escritórios em San Francisco, com o objetivo declarado de reduzir aquelas perdas.