Donald Trump, ex-Presidente dos Estados Unidos, está a ser acusado de violação pela escritora E. Jean Carroll, que alega que o empresário a atacou num provador numa loja de departamento em Manhattan, num caso que remonta aos anos 90.

Esta semana, foram revelados pelo tribunal de Manhattan excertos do depoimento de Trump sobre o caso, prestado no ano passado, em Mar-a-Lago. De acordo com o jornal Washington Post, o empresário terá confundido uma fotografia onde estava ao lado da escritora, dizendo que se tratava da ex-mulher. “É a Marla, sim. É a minha mulher”, disse Trump, quando estava a ser interrogado por Roberta Kaplan, advogada de Carroll.

O Washington Post refere que Trump foi rapidamente corrigido pela sua advogada Alina Habba, que disse que se tratava de Carroll na imagem e não de Marla Maples, a segunda mulher do ex-Presidente. Donald Trump foi casado com Maples entre 1993 e 1999 – a atriz e cantora é a mãe de Tiffany, a filha mais nova de Trump.

A imagem, a preto e banco, dos dois tem circulado desde 2019, quando Carroll, agora com 79 anos, acusou Donald Trump de violação. O relato consta do livro de memórias da escritora. O empresário negou conhecer Carroll quando confrontado com a imagem, argumentando que em muitos eventos era apresentado com frequência a pessoas que não sabiam quem eram. No depoimento, Trump afirmou que a fotografia o mostra numa “linha de receção”, sugerindo que estaria num evento de caridade, a ser cumprimentado por convidados. Na altura da imagem, Trump era visto como um gigante do imobiliário de Nova Iorque.

Já nos excertos revelados na semana passada, Trump alega que a escritora diz que ele fez “alguma coisa que nunca aconteceu”. “Não sei nada sobre esta louca.” Trump foi mais longe e disse ainda que a escritora só quer promover “um livro miserável” com esta denúncia de agressão sexual.

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