Carla Castro, candidata à liderança da Iniciativa Liberal, entende que João Cotrim Figueiredo tinha “liberdade” para assumir o apoio a Rui Rocha, mas não deixa de considerar que “o processo eleitoral está inquinado desde o inicio”. “Pela expressão da sala, esta opinião não é apenas minha”, argumentou.
Em entrevista ao Observador, a deputada demarcou-se das declarações do seu apoiante Tiago Mayan Gonçalves, que comparou a forma de gestão de Cotrim Figueiredo ao Comité Central do PCP. “Eu não fiz parte de nenhum comité central. Mas não há necessidade de pôr uma carga tão grande nas crítica. Há pessoas que confundem diversidade de opinião com oposição. Eu não sou uma yes girl”, notou.
A deputada diz que tomou a decisão de avançar quando percebeu que havia “uma continuidade na gestão interna” e quando entendeu que “o caminho devia ser outro”. Quanto à crítica de Cotrim Figueiredo sobre membros que não colocaram a Iniciativa Liberal à frente dos interesses pessoais, Carla Castro cortou a eito. “Seria até ofensivo.”
Caso vença as eleições, Carla Castro, que já veio pedir eleições na liderança do grupo parlamentar, assegura “não ter qualquer espécie de problema com a recondução de Rodrigo Saraiva”.
Já quanto às eleições europeias, disse ser cedo para apontar nomes, mas sublinha que “João Cotrim Figueiredo tem um papel na Iniciativa Liberal, como tem o Miguel Ferreira da Silva e outros”.