O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou esta segunda-feira a responsabilidade por um atentado na noite de domingo no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) que, segundo as autoridades do país africano, causou pelo menos 23 mortos.

“Combatentes do Estado Islâmico levaram a cabo um ataque surpresa na noite de domingo a reuniões cristãs dentro de um bar e casas na aldeia de Makungwe, na região de Kivu”, disse a agência Amaq, afiliada aos terroristas, num comunicado transmitido na plataforma Telegram.

Segundo a mesma fonte, os jihadistas usaram metralhadoras e facas para o ataque, que mataram “pelo menos 26 cristãos” e também causaram “incêndios em várias das suas casas e pilhagem de alguns dos seus bens”.

Um deputado congolês da província do Kivu Norte, onde o incidente teve lugar, disse esta segunda-feira que 23 pessoas foram mortas no domingo à noite durante o ataque, que atribuiu aos rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF).

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As ADF são um grupo rebelde de origem ugandesa, mas estão atualmente sediadas nas províncias do Kivu Norte e Ituri, perto da fronteira que a República Democrática do Congo partilha com o Uganda.

Os objetivos do grupo não são claros, para além de uma possível ligação com o Estado Islâmico que, por vezes, reivindica a responsabilidade pelos seus ataques.

Desde 1998, o leste da República Democrática do Congo tem estado mergulhado num conflito alimentado pelas milícias rebeldes e pelo Exército, apesar da presença da missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco), com 16.000 militares uniformizados no terreno.