A leitura do acórdão do caso E-toupeira foi esta quarta-feira, novamente, adiada devido à greve dos funcionários judiciais. Os três arguidos — Paulo Gonçalves, ex-assessor jurídico da Benfica SAD, José Silva e Júlio Loureiro, ambos funcionários judiciais — terão de esperar, outra vez, para conhecer as respetivas sentenças. A nova data para leitura da sentença ainda não é conhecida.

Esta sessão estava, inicialmente, marcada para o dia 4 de novembro do ano passado e foi adiado para o dia 9 de janeiro. No entanto, o coletivo de juízes decidiu adiar a leitura do acórdão para o dia 23 de janeiro, por ser necessário fazer mais deliberações e, por falta de disponibilidade de um dos mandatários, a sessão ficou marcada para esta quarta-feira.

Em julho do ano passado, durante as alegações finais deste julgamento, o Ministério Público pediu condenação para estes três arguidos, embora sem fixar a duração da pena, pelos crimes de corrupção passiva, favorecimento, peculato, acesso indevido e violação de segredo de justiça.

Ministério Público pede condenação de todos os arguidos no processo E-toupeira

Na altura, o procurador do Ministério Público Luís Ribeiro referiu estar “em condições de concluir que à atuação de Júlio Loureiro, em conjunto com José Augusto Silva, correspondeu como contrapartida de Paulo Gonçalves um tratamento preferencial, consubstanciado em bilhetes, convites, acesso ao parqueamento e merchandising do clube”.

Para o MP, José Augusto Silva passava informações que estavam sob segredo de justiça, relativamente a processos em que o Benfica e adversários estavam envolvidos, a Paulo Gonçalves. Em troca recebia bilhetes para os jogos deste clube.

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