O PSD sublinhou esta quinta-feira que é imprescindível para qualquer projeto de revisão constitucional, dizendo-se indisponível para “fazer apenas a revisão que outros partidos queiram”, depois de os socialistas terem apontado “muitas pontes” entre os vários diplomas.

Na primeira reunião efetiva da comissão de revisão constitucional, foram apresentadas de forma genérica os projetos do Chega — que desencadeou o processo — do PS, do PSD e da IL, ficando para a próxima semanas os do PCP, BE, PAN e Livre.

O coordenador do PSD nesta comissão, André Coelho Lima, salientou a importância de se fazer uma “verdadeira revisão e não apenas um arremedo”, dizendo deixar “um desafio” ao PS.

“O PSD é imprescindível para que a revisão se faça, não está naturalmente disponível para fazer apenas a revisão que outros partidos queiram, designadamente o PS, a abertura tem de ser total de um lado para o outro”, afirmou, referindo-se aos dois terços necessários para aprovar qualquer alteração constitucional.

Antes, o PS, pelo coordenador Pedro Delgado Alves, disse não querer “antecipar o debate”, dizendo que nesta fase o fundamental “é encontrar espaços onde existam consensos” e frisou que o projetos dos socialistas se focou apenas nos “direitos fundamentais” (deixando de lado toda a matéria de organização política, por exemplo).

“Penso que há muitas pontes para outros projetos apresentados por outras forças políticas para que a Constituição saia robustecida. Seria o melhor tributo que, à beira dos 50 anos da Revolução de Abril, poderíamos prestar”, defendeu.

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