O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, assinalou, esta quarta-feira, que vive “serenamente” com todos os atos que praticou enquanto esteve na Câmara de Lisboa onde desempenhou o cargo de vice-presidente.
O governante reagia assim à notícia do Correio da Manhã e à denúncia anónima, que o ligavam ao histórico socialista Joaquim Morão, que assinou contratos da autarquia com capital, estes que estão na mira das autoridades e que estiveram na origem das buscas à Câmara Municipal de Lisboa na última semana.
Em declarações à RTP, Duarte Cordeiro assegurou que “não tem nada a esconder”. Sobre a denúncia anónima que chegou ao Ministério Público que o liga a Joaquim Morão, o ministro sublinhou que as “pessoas devem perceber que quem denuncia pode ser malintencionado”.
Duarte Cordeiro: denúncias com “interesse político partidário” não podem ser toleradas
“Cabe ao Ministério Público esclarecer rapidamente o teor dessas denúncias”, exortou Duarte Cordeiro, afirmando que “não tem nada a esconder” e que não se importa de ser “escrutinado”.
Na terça-feira, o Correio da Manhã avançou que, segundo a denúncia, Joaquim Morão, ex-Presidente da Câmara de Idanha, terá usado a avença atribuída pela autarquia de Medina para angariar dinheiro para o PS através de obras públicas. Duarte Cordeiro é indicado pelo jornal como o “homem forte do dinheiro”, a quem Joaquim Morão, alegadamente, reportaria a angariação das verbas.
Ao mesmo jornal, Duarte Cordeiro já tinha enfatizado que se tratava de uma “tentativa” de o “envolver neste tema”.