Os bancos em Portugal concederam mais 3,6% em empréstimos à habitação em 2022, ano que terminou com mais de 100 mil milhões de euros em empréstimos “vivos” para a compra de casa. Os dados foram avançados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal.

“No final de 2022, o montante de empréstimos concedidos para habitação pelos bancos aos particulares era de 100,3 mil milhões de euros, mais 3,4 mil milhões do que em dezembro de 2021”, afirma o Banco de Portugal, registando que é, porém, uma desaceleração do crescimento do crédito à habitação em comparação com o crescimento do ano anterior.

“A evolução diferiu ao longo do ano: no primeiro semestre, a concessão de empréstimos acelerou e, a partir da segunda metade do ano, num contexto de subida das taxas de juro, abrandou consecutivamente”, afirma o Banco de Portugal. Já o montante de empréstimos ao consumo acelerou ao longo do ano: depois de ter crescido 2,4% em 2021, cresceu 6% em 2022.

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Os dados do Banco de Portugal, divulgados esta sexta-feira, também indicam que, no final de 2022, o montante total de depósitos de particulares nos bancos residentes em Portugal era de 182,4 mil milhões de euros, mais 9,6 mil milhões do que no final de 2021.

“À semelhança dos empréstimos concedidos aos particulares, também o crescimento dos depósitos tem vindo a desacelerar: de 8,1% em 2020 abrandou para 6,6% em 2021 e para 5,4% em 2022. Neste último ano, o abrandamento foi mais expressivo nos meses de novembro e dezembro”, afirma o Banco de Portugal.

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