Em nove temporadas ao serviço do Tondela, Cláudio Ramos acumulou 267 jogos. Desde que se mudou para o FC Porto, em 2020, fez 11 pela equipa principal e quatro pela equipa B. O guarda-redes de 31 anos, que chegou a ser internacional pela Seleção Nacional, é o exemplo paradigmático da lei do mais forte: saiu dos beirões, onde era titular indiscutível, para ser a segunda (ou terceira) opção crónica nos dragões. Este sábado, porém, Cláudio Ramos conseguiu mudar um bocadinho o curso da história.

E ao 66.º título, Pinto da Costa fez bingo com o que faltava: FC Porto conquista primeira Taça da Liga (e leva quatro troféus seguidos)

Ao contrário do que aconteceu nas últimas temporadas, Sérgio Conceição tem decidido apostar no guardião de 31 anos na Taça de Portugal e na Taça da Liga — e não mudou de ideias na final four, contra Ac. Viseu e Sporting, onde Cláudio Ramos foi titular, não sofreu qualquer golo e fez várias defesas decisivas para a conquista do título. Ainda no relvado mas já durante a festa, o guarda-redes não escondeu que este troféu tem um sabor especial quando comparado com os outros que já venceu desde que chegou ao FC Porto.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Já conquistei vários títulos aqui mas a jogar é sempre diferente. O sabor é mais especial. E ainda por cima é a primeira Taça da Liga da história do FC Porto, estou feliz por isso. Nós aqui no FC Porto temos sempre a vontade de ganhar tudo e esta era mais uma competição que queríamos. Agora temos de lutar pelo que falta e vamos trabalhar para isso. Campeonato? Dá moral extra, sim. Trabalhamos sempre no máximo e estas vitórias são sempre especiais”, explicou Ramos em declarações à SportTV.

Instantes depois, ainda no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, foi Diogo Costa a elogiar Cláudio Ramos — ou seja, o habitual titular da baliza do FC Porto a elogiar o habitual suplente da baliza do FC Porto. “Claro que o Cláudio merecia jogar. É um companheiro excelente, muito trabalhador. Fico muito feliz por ele ter jogado hoje mas fico ainda mais feliz pelo título conquistado. O companheirismo é muito importante. Tanto eu como o Cláudio, o Samu [Samuel Portugal], o [Roko] Runje e o [Francisco] Meixedo queremos o bem uns dos outros. O mais importante é ganharmos todos”, atirou o internacional português.