A confiança era muita, a qualificação não foi a melhor, o início da corrida dificilmente poderia ter sido pior. Depois da sétima posição no ePrix da Cidade do México com o companheiro Pascal Wehrlein em segundo, António Félix da Costa apostava forte na conquista de mais pontos ao serviço da Porsche no ePrix de Diriyah, que teria duas corridas este fim de semana. Na primeira hipótese, tudo correu ao contrário: saindo do 13.º lugar, o piloto português não conseguiu fugir à confusão da primeira curva após a longa reta de saída, foi tocado, não evitou bater nas barreiras, ficou sem parte do carro e quando saiu das boxes com tudo de novo operacional estava demasiado longe para fazer melhor do que um 18.º lugar. Agora teria uma outra oportunidade, sendo que a vitória do companheiro de equipa mostrava o bom início da Porsche.

“Não posso ficar contente, não faz parte do meu feitio, mas o carro está competitivo”: Félix da Costa arranca Mundial de Fórmula E em sétimo

“Foi um dia complicado para nós. Não tem sido um circuito fácil. Obviamente que já ganhámos aqui no passado mas no ano passado também me atiraram para fora da corrida. Aconteceu outra vez. Vim às boxes, mudei a asa da frente, consegui continuar, pedi à equipa para continuar a fazer as voltas todas para começar a entender coisas que possamos pensar em melhorar e não baixamos os braços. O carro está fortíssimo, o Pascal que é meu colega de equipa ganhou a corrida, temos que acertar algumas coisas na qualificação mas vamos no bom caminho e amanhã [sábado] será outro dia”, comentara o ex-piloto da DS Techeetah.

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Pior era impossível: Félix da Costa sofre toque na primeira curva e fica em 18.º, companheiro Wehrlein vence em Diriyah

Foi aí mesmo que começou a correr mal a tentativa de redenção de António Félix da Costa, que ganhou em 2018 a primeira corrida realizada em Diriyah (fazendo também a pole position) e conseguiu outro pódio até aqui: apesar da aposta nas melhorias em qualificação e do “tempo extra” pedido à equipa para que pudesse afinar alguns pontos para uma presença melhor na Arábia Saudita, o piloto não foi além da 17.ª posição na qualificação para o ePrix 2 em Riade, de novo muito atrás do companheiro de equipa (quinto). E esse era mais um obstáculo na procura da conquista de mais pontos pelo conjunto germânico no Mundial.

A primeira curva foi passada sem problemas mas foi uma prova difícil para António Félix da Costa subir muitos lugares na classificação ao contrário do que voltou a acontecer com Pascal Wehrlein, que na volta 13 subiu à segunda posição à frente de Mitch Evans e a meio da prova já assumira a liderança com René Rast em segundo. O português ainda conseguiu ganhar quatro postos até 13.º, altura em que o safety car entrou em pista depois de uma saída de Nico Müller. Félix da Costa iria ainda saltar para 12.º mas de novo sem chegar aos pontos, ao passo que Wehrlein repetiu mesmo o triunfo tendo Jake Dennis, piloto com quem dividia a liderança do Mundial de 2023, na segunda posição. René Rast foi terceiro, impedindo assim que Sam Bird subisse da quarta posição e imitasse o pódio que se tinha registado na véspera.