Ninguém ganhou tanto no comando do FC Porto como Sérgio Conceição. O atual técnico portista ultrapassou recentemente José Maria Pedroto em número de vitórias e, ao vencer a Taça da Liga pela primeira vez na história do clube, Conceição superou Artur Jorge, tornando-se no treinador que mais títulos deu aos dragões, tendo, diante do Sporting, chegado ao nono troféu.

Eustáquio, o peão que se tornou rei para ajudar uma equipa a fazer xeque-mate (a crónica da final da Taça da Liga)

O treinador de 48 anos levava já três Campeonatos Nacionais, três Supertaças e duas Taças de Portugal ao serviço do FC Porto, palmarés ao qual junta a Taça da Liga, fazendo o pleno ao nível das competições nacionais. Artur Jorge, no entanto, tem a joia mais valiosa: uma Liga dos Campeões. Ao título europeu, o técnico que teve uma primeira passagem pelo FC Porto entre 1984 e 1987 e uma segunda entre  1988 e 1991 adicionou três Campeonatos, três Supertaças e uma Taça de Portugal.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O feito passou despercebido aos comentários de Sérgio Conceição no fim do encontro contra o Sporting em que os dragões venceram por 2-0. O treinador dos azuis e brancos recordou as finais da Taça da Liga perdidas contra o Sp. Braga (2019/20) e Sporting (2018/19). “Estivemos em duas finais, superiorizámo-nos, mas, no final, a taça não veio para o museu do FC Porto. Hoje, de outra forma, conseguimos ganhar este título que, para nós, é sempre um objetivo”, disse referindo à estratégia mais retraída que a equipa apresentou.

Uma noite para a história: Sérgio ultrapassa Pedroto no jogo 300 e é o técnico com mais vitórias pelo FC Porto

Sérgio Conceição considerou que, apesar de “difícil”, a vitória foi “merecida”. “Entrámos bem na partida. A partir dos 15 minutos, o Sporting controlou o jogo. Com facilidade criavam superioridade numérica pelos corredores laterais e provocavam variações do centro do jogo. Ajustámos o que tínhamos a ajustar para a segunda parte. Depois, o Sporting não chegou praticamente com perigo à nossa baliza. Aconteceu a situação da expulsão, fizemos o segundo golo e penso que foi gerir o jogo a partir daí”, descreveu.

“Jogámos com menos 24 horas de descanso”, em relação ao Sporting, admitindo que o aspeto físico acabou por condicionar a abordagem do FC Porto ao encontro. “Era uma final, podíamos ser um bocadinho mais calculistas na primeira parte e explorar aquilo que são algumas das fragilidade do Sporting. Não tendo sido um jogo espetacular, foi muito competitivo”.