José Pacheco, deputado nos Açores e líder do Chega regional, considera que o acordo com o PSD não resultou e que está completamente esgotado. “Falhou tudo. Não se pode fazer acordos sem percebermos para onde vamos. Foram 10 meses disparatados.”

Em entrevista ao Observador, a partir da 5.ª Convenção do Chega, Pacheco deu como exemplo a falta de uma solução concreta para a natalidade e garantiu que a experiência não vai ser repetida. “Andar com meninos ao colo não serve. O acordo acabou. Temos andado passo a passo. Trabalha-se por pacotes de iniciativa”, sublinha.

“Não casa com ninguém sem o conhecer”, continuou o deputado. José Pacheco não se compromete sequer com a aprovação dos próximos orçamentos do orçamento do social-democrata José Manuel Bolieiro, e defende que o partido vai analisar tudo, peça a peça.

Confrontado com uma eventual crise política nos Açores e eventual antecipação das eleições, José Pacheco desvaloriza. “Se tivermos de ir a votos amanhã, é amanhã. Deixe-me só apanhar o avião. Não temos medo de nada”, assegura.

José Pacheco explicou que não quer estar vinculado ao PSD e ser surpreendido com notícias delicadas, dando como exemplo a “crise de nepotismo no governo açoriano”. “Só não põem um cão e o periquito no governo porque não calha”, critica.

“Vamos duplicar ou triplicar nas próximas eleições. Se eles começaram a criarem um mau caminho, não contam com o Chega”, prometeu o açoriano. “Por mim, em 2021 o governo estava no chão. Mas prezo a estabilidade, dei mais uma oportunidade e conversei com eles. Quem manda nos Açores sou eu. Quando não me quiserem ponham lá um palhaço qualquer”. A terminar, Pacheco admitiu que o objetivo do partido passa por eleger entre 3 a 5 deputados nos Açores.

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