Joaquim Pinto Moreira, deputado social-democrata envolvido na operação “Vórtex”, pediu esta segunda-feira a suspensão do mandato depois de ter visto o Ministério Público a pedir o levantamento da imunidade parlamentar.

Em comunicado, o antigo presidente da Câmara Municipal de Espinho explica a decisão. “Não o faço por qualquer admissão de culpa no processo respetivo mas por sentir que não tenho o direito de perturbar o normal funcionamento do trabalho político do meu partido e dos seus mais altos responsáveis”, escreve.

Pinto Moreira garante estar disponível para “colaborar com as autoridades judiciais” e manifesta o “desejo de que a justiça apure toda a verdade com a rapidez que as suspeições em causa exigem”. “Reitero com tranquilidade que exercerei a minha defesa de forma a demonstrar que jamais cometi algum crime e que sempre pautei a minha vida pública e profissional com elevados padrões éticos e morais”, acrescenta.

“Tenho todo o interesse em prestar todos os esclarecimentos que sejam devidos no âmbito do dito inquérito. Serão, de resto, esses esclarecimentos essenciais à comprovação da minha total inocência face às alegadas imputações que me são feitas”, acrescenta.

Pinto Moreira já tinha renunciado ao cargo de vice-presidente da bancada parlamentar do PSD depois de conhecidos alguns desenvolvimentos sobre caso. Na mesma altura, o social-democrata garantiu que retiraria as devidas consequências quando conhecesse os fundamentos do Ministério Público para justificar o pedido de levantamento de imunidade parlamentar.

No âmbito da operação “Vórtex”, Pinto Moreira foi alvo de buscas domiciliárias. O seu computador e telemóvel foram apreendidos.  Esta operação resultou na detenção, no início do mês, do então presidente da Câmara de Espinho, o socialista Miguel Reis — que entretanto renunciou ao mandato —, de um funcionário desta e três empresários por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.

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