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As autoridades ucranianas têm aumentado os pedidos por caças – em particular os F-16 – e alguns países começaram já a ponderar a possibilidade. Se a França não exclui para já o fornecimento deste tipo de equipamento, os Estados Unidos parecem ter fechado a porta completamente.

Sobre a hipótese de enviar caças o Presidente norte-americano, Joe Biden, teve apenas uma palavra a dizer: “Não”. Esta foi a única resposta que dirigiu esta segunda-feira aos jornalistas que o aguardavam na Casa Branca, sem quaisquer esclarecimentos ou justificações adicionais.

Já o Presidente francês, Emmanuel Macron, deixou a porta entreaberta. “Nada é proibido por princípio”, afirmou, acrescentando que para já não receberam qualquer pedido nesse sentido. A questão surgiu durante uma conferência de imprensa em Haia, onde esteve reunido com o primeiro-ministro dos Países Baixos.

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Numa postura cautelosa, Macron referiu que há critérios a ter em conta antes de ser tomada qualquer decisão. Lembrou que é necessário evitar que o pedido conduza a uma escalada na guerra ou atinja diretamente o solo russo, “mas ajude no esforço de resistência” sem, contudo, “enfraquecer a capacidade do Exército francês”.

“Por definição, nada está excluído”, explicou, referindo que “é à luz destes três critérios” que a França está a analisar “caso a caso” o envio de equipamento militar, incluindo os tanques Leclerc. “É de acordo com os pedidos que são feitos, mas não de acordo com os rumores que são feitos” que as decisões são tomadas, sublinhou.

Por sua vez, o primeiro-ministro dos Países Baixos disse que “não há tabus, mas que seria um grande passo” se aviões de combate chegassem às forças ucranianas. À semelhança de Macron, Mark Rutte indicou que ainda não chegaram da parte das autoridades ucranianas pedidos sobre o envio dos caças F-16, mas mostrou abertura sobre a questão. “Iríamos considerar a questão e faríamos uma avaliação da situação com os nosso aliados”, afirmou, citado pela CNN.

Mas a Alemanha não enviará caças para a Ucrânia, disse o chanceler alemão, Olaf Scholz, no domingo.

Após várias semanas de hesitação, Berlim decidiu na quarta-feira enviar para a Ucrânia 14 tanques Leopard-2, de fabrico alemão, e permitir que outros países europeus forneçam estes carros de combate. No mesmo dia também os Estados Unidos se comprometeram a fornecer 31 tanques Abrams-M1, enquanto o Reino Unido já se tinha comprometido com os seus Challenger 2.

Com a promessa de tanques, após várias semanas de impasse, a Ucrânia apontou novos objetivos e sonha agora com a chegada de caças. Apesar do pedido não ser novo, voltou a ser reforçado na última semana numa altura em que já se antecipa a preparação de uma nova contraofensiva ucraniano na primavera.

Num “dia histórico”, Ucrânia risca da lista de pedidos ao Ocidente os tanques. Zelensky sonha agora com caças