Pelo terceiro ano consecutivo, a Toyota Motor Corporation – que além da Toyota inclui as marcas Lexus, Daihatsu e Hino (camiões e autocarros) – voltou a ser o grupo que mais veículos vendeu globalmente em 2022. O gigante nipónico entregou nada menos que 10,5 milhões de unidades por esse mundo fora, o que lhe permitiu manter uma confortável distância de “segurança” em relação ao segundo classificado, o Grupo Volkswagen.

Enquanto o conglomerado germânico, que já chegou a ser líder mundial entre 2016 e 2019, registou o ano passado o seu pior resultado em mais de uma década, de acordo com a Reuters, tendo comercializado apenas 8,3 milhões de veículos, a Toyota provou resistir melhor aos constrangimentos com a cadeia de fornecedores, a crise energética e as restrições advenientes da Covid-19. Tanto assim foi que, comparando com 2021, o grupo japonês baixou a sua performance comercial em apenas 0,1%, resultado que se explica pelo bom desempenho fora de portas. No seu mercado doméstico, as vendas da Toyota recuaram para 1,9 milhões de unidades, o que representa uma retracção de 9,6%, a qual foi compensada com a transacção de 8,6 milhões de veículos no exterior. Em concreto, o Grupo Toyota vendeu no ano transacto um total de 10.483.024 unidades, assegurando um fosso acima de 2 milhões de veículos a separar o gigante nipónico do rival alemão.

A Toyota não está imune às limitações causadas pela invasão russa da Ucrânia, mas beneficiou do aumento da procura na Ásia, acompanhado pelo incremento da produção naquele continente e na América do Norte, o que lhe permitiu aumentar globalmente a produção em 5,3%, atingindo 10.610.604 unidades. Já a Volkswagen parece ter sido mais fustigada pela crise dos chips e pelo encerramento temporário das fábricas na China, devido à Covid-19, o que terá contribuído para um tombo nas vendas de 8,6 milhões de unidades (2021) para 8,3 milhões (2022).

Segundo a Toyota, para 2023 a meta está fixada na entrega de 10,6 milhões de veículos, o que dependerá novamente da eficácia do grupo a gerir limitações como aquela que, em Fevereiro, obrigará a marca a suspender a actividade durante todo o mês na fábrica de Kolin, na República Checa. É daí que saem modelos como o Aygo X e o Yaris, mas só quando não faltam semicondutores, como é o caso.

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