O congressista republicano George Santos, que está a ser investigador por suspeitas em relação ao financiamento da sua campanha, anunciou a sua demissão dos comités do Congresso a que pertence. A decisão surge depois de semanas em que Santos esteve debaixo de fogo, não apenas pelas suspeitas financeiras, mas também pelas mentiras sobre o seu passado, que incluíram referências a familiares sobreviventes do Holocausto.

De acordo com o Washington Post, a decisão de Santos foi anunciada numa reunião do Partido Republicano à porta fechada. Santos irá assim abandonar os comités de Pequenas Empresas e de Ciência, Espaço e Tecnologia. Aos colegas, o congressista disse que se afasta por se ter tornado “uma distração”.

A decisão foi anunciada um dias depois de Santos ter tido um encontro com o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy. “Creio que foi uma decisão apropriada, até que ele possa resolver tudo, que ele esteja fora dos comités neste momento”, afirmou McCarthy ao site Axios.

Para além de ter inventado mentiras sobre as suas origens familiares, ter fabricado partes do seu currículo como uma passagem pela Goldman Sachs e ter um incidente de fraude com um cheque no seu passado, Santos está sob investigação pelo financiamento da sua campanha à Câmara dos Representantes.

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Um cheque roubado, diplomas falsos e a fuga do Holocausto que não existiu. As mentiras do congressista George Santos

Esta segunda-feira, a CNN noticiou que um dos donativos feitos à sua campanha está em nome de Stephen Berger, mas a morada correspondente é de William Brandt, dono de um rancho na Califórnia, que negou ter feito qualquer donativo ao congressista.