Marilyn Manson está outra vez debaixo de fogo por suspeitas de abuso sexual. Desta feita, a revista Rolling Stone revela que o cantor de 54 anos é visado num processo no qual é acusado de ter violado e abusado psicologicamente de uma fã durante anos, começando quando a alegada vítima era menor de idade.

De acordo com a acusação, Manson (nome artístico de Brian Warner) terá conhecido a fã, que preferiu manter o anonimato, depois de um concerto em 1995, quando esta tinha apenas 16 anos. Na altura, Manson terá abusado sexualmente da queixosa. O documento diz também que “um dos membros da banda assistiu à violação. A queixosa ficou magoada, assustada, humilhada e confusa”.

Posteriormente, os encontros ter-se-ão prolongado durante anos, com o cantor a levar a vítima em digressão, abusando sexual e psicologicamente da vítima e manipulando-a, afastando-a da família e fornecendo-lhe drogas e álcool. A acusação especifica episódios em que Marilyn Manson obrigava a jovem a fazer sexo consigo e com outros membros da sua banda em simultâneo, bem como insultos racistas.

Esta está longe de ser a primeira acusação contra Manson, mas o que distingue esta das restantes é o facto de os acontecimentos remontarem ao início da carreira do músico na década de 1990, e não na de 2010, à qual todas as outras acusações se referem.

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Cantor Marilyn Manson acusado de violação de várias mulheres

O processo visa ainda as editoras Interscope e Nothing Records, que representavam Manson à época. As empresas são acusadas de nada terem feito para travar, e de serem coniventes com os abusos, ao “fazer passar a imagem, implícita e explicitamente, a imagem de que os membros da banda, incluindo o réu Warner, não representam uma ameaça sexual para os seus fãs e outros que caíam sob a influência, controlo e orientação do réu”.

A queixosa alega ter sofrido “perturbações emocionais, físicas e psicológicas” como consequência direta dos alegados abusos, procurando uma indemnização por um valor não especificado, bem como medidas que evitem que Manson possa voltar a praticar abusos a outras jovens no futuro.

À Rolling Stone, o advogado da queixosa mostrou-se convicto de que o processo venha tornar-se um marco importante nos casos de abusos sexuais. Já o advogado de Manson, também à revista norte-americana, descreve as acusações como “uma história fabricada”, e nega categoricamente que o cantor tenha sequer alguma vez conhecido a alegada vítima. “O Brian não irá subjugar-se a esta tentativa de extorsão – e os tribunais também não cairão nisto”, afirma.