O ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, que se demitiu na sequência do escândalo da indemnização da TAP à ex-secretária de Estado Alexandra Reis, só deverá regressar ao Parlamento em julho. Tudo porque pediu o prolongamento da suspensão do mandato de deputado, segundo o jornal Público.

Inicialmente, Pedro Nuno Santos tinha pedido a suspensão do mandato durante um mês. Agora, alegou “motivos familiares e pessoais” para pedir a extensão da suspensão junto do grupo parlamentar do Partido Socialista.

O ex-ministro voltou a estar debaixo de fogo já depois da demissão, ao assumir que afinal teria conhecimento do valor da indemnização de Alexandra Reis, tendo comunicado a sua anuência por SMS ao secretário de Estado Hugo Mendes — mensagem que Pedro Nuno Santos garante não se recordar de ter enviado e que só terá encontrado agora.

Pedro Nuno Santos admite que afinal sabia valor e deu ok a indemnização de Alexandra Reis

O Público avança ainda que o pedido deverá ser aprovado pela Comissão de Ética, que terá de avaliar o assunto. Isto porque, legalmente, o Estatuto dos Deputados prevê que a suspensão do mandato de um deputado possa durar seis meses.

Na prática, isto significa que Pedro Nuno Santos terá de assumir o mandato em julho deste ano. Caso contrário, é obrigado a renunciar e deverá ser substituído.

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