O Deutsche Bank, o maior banco privado alemão, obteve um lucro líquido atribuível de 5.025 milhões de euros em 2022, mais 159% do que em 2021 e o resultado mais alto dos últimos 15 anos, foi nesta quinta-feira anunciado.

O Deutsche Bank informou ainda que os resultados foram obtidos apesar do aumento das provisões e devido a efeitos fiscais positivos e que as receitas atingiram 27.210 milhões de euros no ano passado (+7%).

Também aumentou as provisões para créditos não produtivos (Non-Performing Loan, NPL) em 2022 para 1.226 milhões de euros (+138%).

O Deutsche Bank tem um rácio Common Equity Tier 1 (CET 1) de 13,4%, contra 13,2% em 2021 e registou um lucro antes de impostos de 5.594 milhões de euros em 2022, mais 65% que em 2021 e também um máximo de 15 anos.

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“Nos últimos três anos e meio, conseguimos transformar com sucesso o Deutsche Bank“, disse o CEO (Chief Executive Officer), Christian Sewing, quando apresentava os resultados.

O Deutsche Bank tornou-se mais rentável, mais equilibrado e mais eficiente ao concentrar-se nos seus negócios mais fortes, de acordo com a Sewing.

Como resultado, acredita que estão bem posicionados para proporcionar um crescimento sustentável e retornos aos acionistas nos próximos anos.

As despesas sem juros caíram no ano passado para 20.400 milhões de euros, menos 5% que em 2021. O rácio de eficiência, que relaciona os custos com as receitas, caiu para 75% em 2022, contra 85% em 2021.

O Deutsche Bank obteve um efeito fiscal positivo de 1.400 milhões de euros (contra 274 milhões de euros em 2021) devido ao ajustamento da avaliação dos ativos por impostos diferidos devido ao bom desempenho nos EUA.

Após ter reembolsado os seus acionistas pelo exercício de 2021, a direção do Deutsche Bank proporá um dividendo de 0,30 euros por ação para o ano de 2022, mais 50% do que no ano anterior, na assembleia geral anual da instituição.

O Deutsche Bank confirmou as suas metas financeiras e de capital para 2025 quando prevê um rácio CET1 de 13%, um rácio de eficiência inferior a 62,5% e um crescimento das receitas entre 3,5% e 4,5% em relação a 2021.