António Leite, secretário de Estado da Educação, considera que se registaram “vários avanços” na reunião entre o Ministério da Educação e os sindicatos, recusando a versão apresentada por Mário Nogueira, líder sindical da FENPROF, e André Pestana, coordenador do STOP, de que não tinha “saído nada” de concreto após o encontro desta quinta-feira.

Em declarações aos jornalistas, António Leite rejeitou que os serviços decretados pelo colégio arbitral sejam “um ataque ao direito de greve” ou um “boicote ao direito constitucional”. O Governo explicou que, por causa da greve “atípica” realizada, era necessário aplicar a medida, porque havia “alunos que estavam a ser prejudicados diariamente”.

“Não são as greves dos professores que têm prejudicado os alunos.” Sindicatos não chegaram a acordo com o Governo

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Sobre as negociações, António Leite frisou que, durante a reunião, foi discutido a questão da vinculação dos professores. “Apresentamos uma proposta, melhoramos a proposta no sentido de vinculação dinâmica”, aclarou, acrescentando que o Governo quer continuar a garantir a “melhoria da gestão de recursos humanos existentes na escolas”.

Reconhecendo que a precariedade ainda é “muito significativa” entre os professores, António Leite revelou que o Governo está a tratar a propostas dos sindicatos com o “maior respeito”, mas sinalizou que também entre as estruturas sindicais existem diferenças.

O secretário de Estado frisou que as negociações ainda não estão fechadas. “A nossa esperança é que consigamos chegar a um acordo específico”, disse António Leite, rejeitando que o Governo esteja a propor um “acordozinho” como Mário Nogueira sugeriu.