O coordenador do STOP, André Pestana, disse, esta quinta-feira, que os professores continuam a “sentir uma grande revolta” e sublinhou que, após uma reunião o Ministério da Educação, o Governo continua a “disparar a lado do que é realmente essencial”.

Relativamente à luta dos professores, André Pestana assegurou que o “país tem cada vez mais mostrado solidariedade” e que tem condenado as prioridades do Estado, que tem preferido “tapar buracos de banqueiros, financiar PPPs ruinosas e a dar indemnizações chorudas a boys partidários”.

Na ótica de André Pestana, a greve dos professores, que já se prolonga há mais de duas semanas, “não tem prejudicado os alunos”, lembrando que “milhares de alunos” já estavam sem professores. “Um sindicato consegue juntar 100 mil pessoas. A revolta não é artificial”, sublinhou.

Sobre a continuidade da greve, o coordenador do STOP garantiu que seguirá sempre a “vontade democrática e transparente” de quem trabalha na escola, indicando que há sempre disponibilidade daquele sindicato em voltar à mesa das negociações.

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Por sua vez, o líder da FENPROF, Mário Nogueira, revelou que do encontro com o Ministério da Educação “não saiu nada”. “O Governo quer acordozinhos”, atirou o representante sindical, acrescentando que deseja chegar a um “acordo global” em que todas as questões reivindicadas pelos professores terão de ser resolvidas. “Há muitas questões que não têm resposta.”

À saída da reunião, Mário Nogueira indicou que ficou marcada outra reunião com o Ministério da Educação “para a próxima semana”, prometendo “analisar a luta que está em curso”.

Mário Nogueira divulgou ainda que, durante a reunião, foram abordados vários tópicos como a aposentação e a mobilidade por doença dos docentes.