A Câmara Municipal de Cascais pretende ter em funcionamento 350 câmaras de videovigilância, até ao verão, nas zonas mais sensíveis do concelho, num investimento de oito milhões de euros, disse esta sexta-feira à agência Lusa o presidente da autarquia.

A instalação do sistema de videovigilância, cujo concurso público deverá ser lançado até abril, está previsto no memorando de entendimento assinado esta manhã entre a Câmara Municipal de Cascais, do distrito de Lisboa, e o Ministério da Administração Interna (MAI), numa cerimónia que contou com a presença do ministro José Luís Carneiro.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Carlos Carreiras (PSD) explicou que as 350 câmaras serão instaladas “em locais de maior frequência” e naqueles onde se registam as situações “de maior conflito”, como junto às estações de comboio e às praias.

Os locais já estão todos identificados, pela PSP e pela GNR, que estiveram a trabalhar connosco. Contratámos uma empresa especializada que nos fizesse toda a componente de apoio, quer em termos de localização, quer no aconselhamento da tecnologia que irá ser colocada”, adiantou o autarca.

A expectativa de Carlos Carreiras é que o sistema de videovigilância possa estar em funcionamento já no verão, após lançamento de um concurso público internacional e do visto do Tribunal de Contas, num investimento de oito milhões de euros.

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O memorando de entendimento assinado esta sexta-feira com o MAI prevê também o estabelecimento de um protocolo de cooperação entre o município de Cascais e a Guarda Nacional Republicana para a construção das instalações destinadas ao Destacamento de Intervenção do Comando Territorial de Lisboa em Alcabideche.

Segundo Carlos Carreiras, a expectativa é que a obra possa estar concluída até ao final do ano, num investimento municipal de cerca de três milhões de euros.

Após a construção da infraestrutura, a freguesia de Alcabideche passará a contar, para além das competências atuais instaladas, como o Subdestacamento Territorial, Direção de Investigação Criminal e laboratórios de polícia científica, com a sede do Destacamento de Intervenção de Lisboa, que apoiará todas as missões no distrito e nas áreas territoriais da competência da GNR.

O memorando contempla, igualmente, a cedência de cinco novas viaturas, híbridas, às esquadras da divisão da PSP de Cascais (Cascais, Estoril, Parede, Carcavelos e São Domingos de Rana), assim como a instalação de um emissor da rede SIRESP no Parque Natural Sintra-Cascais.

Pode parecer alguma coisa de menor, mas nós temos aqui na serra algumas zonas sombra, onde as comunicações não funcionam. Assim, permitirá ficar com toda a serra coberta, pelo menos a parte de Cascais”, justificou Carlos Carreiras.

A Câmara Municipal de Cascais estabeleceu ainda uma pareceria com os serviços sociais da PSP e da GNR para apoio à habitação dos novos agentes que estão deslocados no município.

Além do apoio à habitação, os agentes passarão a ter benefícios “equiparados aos munícipes do concelho”, nomeadamente gratuitidade no acesso aos transportes públicos, cantinas municipais e museus.

Este memorando tem, em pano de fundo no que respeita ao MAI, a política de investimentos destinados aos profissionais da Guarda e da Polícia, aos equipamentos que os protegem e às infraestruturas onde trabalham – para, em conjunto com a Câmara Municipal de Cascais, reforçar as condições de segurança que permitem o exercício dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos ali residentes”, sintetizou a tutela, em comunicado.