Nem a guerra na Ucrânia ou a falta de chips conseguiram limitar a Ferrari, que registou um desempenho excepcional durante 2022. Entregou a clientes 13.221 veículos, o que constitui um novo recorde de vendas, tendo anunciado um lucro líquido de 939 milhões de euros, mais de 100 milhões superior a 2021 (833 milhões).

Os mais de 13 mil veículos vendidos justificam grande parte dos 5095 milhões de euros facturados ao longo de 2022, um incremento de 19% face ao ano anterior. Mas a venda de veículos e peças representou “apenas” 4341 milhões de euros. A este valor, a Ferrari juntou os 479 milhões de euros resultantes dos produtos que comercializa com a marca do Cavallino Rampante – de relógios a canetas e de blusões a bonés –, bem como dos vários negócios que patrocina, como por exemplo os parques temáticos. Os restantes 275 milhões provêm de um acumulado de parcelas mais pequenas.

O maior mercado da Ferrari em 2022 foi a região EMEA (Europa, Médio Oriente e África), onde os clientes adquiriram 5958 veículos, com o mercado das Américas e assumir-se como o segundo mais importante, com 3447 unidades. A China, Hong Kong e Taiwan receberam 1552 modelos, para o resto da Ásia Pacífico acolher 2264 novos modelos da marca italiana.

Se 2022 correu bem, a Ferrari espera que 2023 seja ainda melhor, antecipando uma facturação de 5,7 mil milhões. O incremento face a este ano fica sobretudo a dever-se ao arranque das entregas do Purosangue, o SUV desportivo que promete passar a ser o mais vendido da marca, equipado com um motor 6.5 V12. O potencial do modelo é tal que o prazo de entrega já obriga a dois anos de espera, o que levou a marca a suspender as encomendas.

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