Quando trocou a EF Education pela Movistar, assinando um contrato de três anos, Rúben Guerreiro tinha como principal objetivo nas entrevistas que foi dando uma posição de destaque no Tour, “até um top 10 se a equipa permitisse que lutasse por isso”. No entanto, a mudança para a formação espanhola comportava mais do que isso. E a prova de estreia, em cinco dias de Volta à Arábia Saudita, dificilmente poderia ter terminado de melhor forma com uma grande vitória na geral carimbada com o triunfo na etapa rainha da corrida.
“É uma grande estrutura, sempre gostei da Movistar. São espanhóis, pensam de forma semelhante a nós, portugueses. Têm mais de 40 anos de existência, fizeram muitos campeões e têm toda uma estrutura montada. A figura mítica que é o diretor Eusebio Unzué foi importante. Tinha uma relação com ele e sempre quis correr pela Movistar. Assinar por três anos dá-me estabilidade para conquistar objetivos. Se falei com o Nelson Oliveira? Troquei umas impressões com ele. O Nelson foi falando com o Eusebio. Como amigo, ajudou-me bastante, facilitou muito”, comentara no início do ano em entrevista ao jornal O Jogo.
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Entre o muito trabalho algumas vezes invisível que foi fazendo pelos companheiros ao longo dos últimos anos, Rúben Guerreiro tinha no currículo três grandes triunfos: os Nacionais de 2017, a etapa com chegada a Roccaraso no Giro de 2020 que lhe valeria a camisola da montanha no final e ainda a conquista do Mont Ventoux Dénivelé Challenge no último ano. Agora, além da conquista da quarta e penúltima etapa da Volta à Arábia Saudita, que ligou Maraya a Skyviews of Harrat Uwayrid, segurou também a camisola verde. “O segredo era mesmo esperar porque foi uma etapa muito nervosa, ou muito depressa ou muito devagar por causa do vento, estava com boas pernas mas não podia atacar primeiro”, referira na véspera.
????️???? @Rguerreiro94 ???? @thesauditour: "El viento nos ha dado más calma de lo previsto. Quería entrar delante para ayudar a Max, pero había sprinters muy fuertes. Ganar una general en este ciclismo moderno es dificilísimo. Gracias al equipo, corredores y staff, por estos 5 días" pic.twitter.com/rsnHvb6WG0
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Agora, na quinta e última etapa, não foi uma questão de esperar mas sim de gerir e, depois das habituais fugas que começaram cedo, o pelotão chegou em conjunto a Maraya com vitória para Simone Consonni (Cofidis), que bateu Matteo Malucelli (Bingoal) e Pascal Ackerman (UAE Team Emirates), e 16.º lugar para o corredor português, que fechou assim o triunfo na geral com uma vantagem de oito segundos para Davide Formolo (UAE Team Emirates) e de nove para Santiago Buitrago (Bahrain). Ivo Oliveira, da UAE Team Emirates, acabou a etapa no 82.º lugar e fechou a Volta à Arábia Saudita no 68.º posto a 17.40.
"I feel like I’m leaving behind so many injuries and knockdowns from the past, and I’m stronger than ever, physically and mentally."@Rguerreiro94 after sealing his overall success in @thesauditour. Full quotes and report > https://t.co/9u7AjGCVOY
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