Os Porsche Panamera fabricados entre 2017 e 2021 poderão ter instalada uma bomba de água defeituosa que pode originar uma série de problemas. A marca já admitiu que há 24.000 unidades problemáticas, presumivelmente todas elas comercializadas nos Estados Unidos da América, uma vez que a comunicação apenas foi dirigida à imprensa e ao regulador no mercado norte-americano, o qual penaliza duramente as marcas que não avisam o público dos defeitos dos seus veículos que podem colocar em causa a segurança dos proprietários.

Todos os Porsche Panamera são produzidos na fábrica da marca em Leipzig, na Alemanha, e daí exportados para todo o mundo, pelo que não há diferenças substanciais entre os diferentes veículos no que respeita aos componentes. O problema, segundo a marca explicou à imprensa americana, reside na bomba de água, que apresenta um defeito que permite que a água escape do seu interior e se infiltre no circuito eléctrico, dando origem a curto-circuitos que podem originar incêndios, com todos os riscos que estes implicam.

O problema é divulgado em forma de aviso no site da entidade reguladora NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration), que obriga os construtores a avisarem imediatamente os utilizadores, atribuindo penalizações multimilionárias em caso de esquecimentos, estratégicos ou não. Nos EUA, a marca assumiu uma postura responsável, não só informando que há precisamente 24.467 Porsche Panamera equipados com a peça defeituosa, como garantindo que os proprietários serão chamados à oficina para substituir a bomba de água a 27 de Março deste ano.

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Para os EUA, a Porsche informou que os modelos envolvidos são os Panamera, Panamera 4, Panamera 4 Executive, Panamera 4 Sport Turismo, Panamera 4S, Panamera Panamera 4S Executive, Panamera 4S Sport Turismo, Panamera GTS, Panamera GTS Sport Turismo, Panamera Turbo, Panamera Turbo Executive, Panamera Turbo S, Panamera Turbo S Executive, Panamera Turbo Sport Turismo, produzidos entre 2017 e 2021 (para mais detalhes ver a tabela). Segundo o construtor, parte da reparação passa por substituir as bombas defeituosas por outras de um diferente fornecedor.

Lamentavelmente e como sempre acontece com todas as marcas, os clientes europeus não são alvo do mesmo tratamento, essencialmente porque não há uma entidade com o mesmo poder e capacidade tecnológica para analisar a segurança dos modelos em comercialização. E basta que um veículo problemático tenha sido vendido como usado a outro cliente, de que a marca não tenha registo, para que o novo proprietário não seja avisado até ser demasiado tarde.