Uma “surpresa hipócrita”. É assim que Catarina Martins reage à notícia do incêndio no prédio da Mouraria, que fez dois mortos e 14 feridos, lembrando que já se sabia que a situação das condições “infrahumanas” em que muitos imigrantes vivem não era um exclusivo de Odemira e defendendo que se faça desde já um levantamento exaustivo de outras “tragédias” que estejam à espera de acontecer em Lisboa.
“Só está supreendido quem quiser estar surpreendido. Só não percebe o problema quem não quiser perceber”, atirou a coordenadora do Bloco de Esquerda nas jornadas parlamentares do partido, esta segunda-feira, à saída de uma reunião com a administração do hospital de Ovar.
A reunião era sobre Saúde, mas o Bloco quis marcar o dia com declarações sobre um tema que lhe é caro e frisar que é preciso, no rescaldo desta “tragédia terrível”, responsabilizar toda a cadeia que permite que situações destas aconteçam: “É preciso responsabilizar todos as que lucram com a exploração de trabalhadores migrantes, seja laboral, pela forma como ficam alojadas ou pela forma como ficam sujeitos a redes de tráfico humano”.
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