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A União Europeia (UE) está a preparar uma viagem do Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a Bruxelas que deverá ocorrer já esta semana, avançou esta segunda-feira o Financial Times. Uma fonte oficial do organismo adiantou que o líder ucraniano foi convidado para estar presencialmente numa reunião do Conselho Europeu. O próximo encontro está agendada para quinta e sexta-feira em Bruxelas.

Caso se confirme, esta será a segunda viagem internacional de Zelensky desde o início da guerra, seguindo-se à ida aos Estados Unidos em dezembro do ano passado.

Nas últimas horas o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reagiu às declarações do ex-primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, sobre a alegada conversa em que o Presidente russo terá prometido que não mataria Zelensky. “Não sou a favor de dar detalhes de negociações entre Chefes de Estado. Por isso, não vou confirmar nem desmentir o que senhor Bennett disse”, sinalizou Peskov.

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Aqui fica um resumo das principais notícias que marcam esta segunda-feira.

O que aconteceu durante a noite?

  • O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou que as forças russas continuam os esforços para capturar a cidade de Bakhmut, no centro das preocupações das chefias militares. Na semana passada o líder ucraniano já tinha garantido que as Forças Armadas não vão abandonar a cidade, que descreveu como uma “fortaleza” de resistência.
  • O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, vai visitar entre terça e quinta-feira os Estados Unidos para uma reunião com o Secretário de Estado e o da Defesa. a guerra na Ucrânia deverá fazer parte da discussão.
  • Os serviços de informação ucranianos avançaram que a Rússia está a preparar-se para mobilizar entre 300.000 a 500.000 combatentes para suportar uma ofensiva em larga escala na região do Donbass e “possivelmente” em Zaporíjia.
  • A Rússia deverá receber em breve um novo fornecimento de drones de fabrico iraniano como parte de um acordo assinado com Teerão, avançaram os serviços de informação ucranianos.
  • O parlamento ucraniano reconheceu a companhia militar Wagner como uma organização criminosa internacional, pedindo uma ação semelhantes dos parceiros. Os Estados Unidos também já avançaram nesse sentido, aplicando sanções à companhia militar privada pela sua participação no conflito na Ucrânia.
  • O líder do grupo de mercenários Wagner, Yevgeny Prigozhin, publicou um vídeo a bordo de uma aeronave, desafiando o Presidente ucraniano para um duelo aéreo. Volodymyr Oleksandrovych [Zelensky], nós acabamos de aterrar. Bombardeamos Bakhmut”, afirmou o fundador da companhia militar privada, segundo uma tradução da agência de notícias Reuters.
  • O Presidente da Ucrânia quer prorrogar lei marcial e mobilização geral pela sexta vez. Volodymyr Zelensky apresentou no parlamento projetos-lei nos quais é proposta a prorrogação da lei marcial e o prazo de mobilização geral durante mais três meses a partir de 19 de fevereiro.

O que aconteceu durante a tarde?

  • Um drone explodiu durante a madrugada numa floresta perto da cidade russa de Kaluga, a cerca de 200 quilómetros de Moscovo, revelou o governador Vladislav Shapsha. As forças ucranianas têm sido acusadas de levar a cabo ataques com drones a infraestruturas no território russo, mas para já não há informação que aponte nesse sentido.
  • O líder pró-russo da autoproclamada República Popular de Donetsk, Denis Pushilin, acusou as forças ucranianas de recorrerem ao uso de armas químicas perto das cidades de Bakhmut e Soledar, sem contudo divulgar provas que suportem a teoria. Já foi formado um comité russo para investigar o uso desse tipo de armas.
  • A intensidade dos combates no Donbass – território composto pelas regiões de Donetsk e Lugansk – está a aumentar, com novas unidades russas a chegar à linha da frente, avançaram dois oficiais ucranianos. Segundo o governador regional de Donetsk, Pavlo Kyrylenko, as tropas russas estão a “erradicar cidades e vilas” à sua passagem. Já o governador de Lugansk, Serhiy Haidai, adiantou que as forças de Moscovo estão a preparar uma ofensiva em larga escala,
  • O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse recear que com a escalada do conflito na Ucrânia o mundo esteja a caminhar para uma guerra mais ampla. “As perspetivas de paz continuam a diminuir”, afirmou num discurso perante a Assembleia da ONU, lembrando outras ameaças à paz, nomeadamente o conflito israelo-palestino e a situação no Afeganistão ou em Myanmar.
  • Rafael Grossi, diretor da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) vai deslocar-se a Moscovo esta semana, mas não se vai encontrar com o Presidente russo, Vladimir Putin. Na origem da visita deverão estar as negociações para a criação de uma zona de segurança na central nuclear de Zaporíjia, a maior da Europa, e que está atualmente ocupada por forças russas.
  • O apresentador Vladimir Solovyov, um propagandista no Kremlin, sugeriu na televisão estatal russa que quer “libertar Lisboa”.

  • Serhii Haidai, chefe da administração militar pró-Ucrânia de Lugansk, disse esperar que a nova ofensiva russa começará depois do dia 15 de fevereiro. Citado pelo Ukrainska Pravda, Serhii Haidai refere que se avista cada vez mais armamento russo perto da linha da frente da guerra. “Estão a ser construídas cada vez mais fortificações.”
  • A Noruega prometeu à Ucrânia um pacote de assistência no valor de 6,8 mil milhões de euros. A ajuda será repartida durante cinco anos, totalizando-se cerca de 1,4 mil milhões de euros por ano.

O que aconteceu durante a manhã?

  • O líder da Igreja Ortodoxa russa e patriarca de Moscovo, Cirilo I, terá trabalhado para o KGB, os serviços de informações soviéticos, durante os anos 70 na Suíça. A notícia foi avançada na imprensa suíça, que desclassificou arquivos dessa época histórica.
  • O embaixador polaco na Alemanha, Dariusz Pawłoś, considera que o Ocidente deve chegar a uma solução sobre se envia ou não caças para a Ucrânia durante a Conferência de Munique, que ocorre naquela cidade alemã entre o dia 17 e 19 de fevereiro.
  • O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, reagiu às declarações do ex-primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, sobre a alegada conversa em que o Presidente russo terá prometido ao ex-chefe do executivo de Israel que não mataria Zelensky. Peskov não “confirma nem desmente” a promessa.
  • Já chegou à Polónia o primeiro tanque Leopard 2 enviado pelo Canadá. O anúncio foi feito pela ministra da Defesa Anita Anand que, no domingo, partilhou as primeiras imagens dos tanques do Canadá a chegar ao território polaco. É ali, no país vizinho, que os militares ucranianos serão treinados para aprender a operar estes veículos.

  • O Presidente ucraniano acredita, e diz ter informações nesse sentido, de que Vladimir Putin, Presidente russo, se prepara para ordenar um ataque em larga escala, um ataque “simbólico”, para marcar o aniversário da guerra.